Portugal desceu em 2016 um lugar no índice de talento

Publicado em 16/02/2017 00:02 em Destaques

Portugal desceu em 2016 um lugar no Global Talent Competitiveness Index (GTCI), que foca a capacidade dos países para gerirem o talento através da atracção, crescimento e retenção de talentos.

Portugal ficou em 2016 em 31.º lugar entre 118 países, com uma avaliação de 55,40 pontos, mas caiu uma posição face ao trigésimo lugar do ano precedente.

O índice, que é calculado desde 2013, foi desenvolvido pelo grupo mundial de soluções de recursos humanos ADECCO em cooperação com a Escola de Negócios Internacional (INSEAD) e com o Instituto Human Capital Leadership (HCLI).

O índice 2017, que tem por base os resultados apurados para 2016, centra-se no talento e tecnologia e revela que os países europeus lideram a classificação e colocam sete países no Top 10 e 16 entre os 25 primeiros.

A Suíça subiu seis lugares e ocupa agora a primeira posição no GTCI, relegando para o segundo lugar Singapura, que no ranking de 2016 (relativo a 2015) liderava a classificação.

Seguem-se o Reino Unido, que subiu cinco lugares, os Estados Unidos, que melhoraram uma posição, a Suécia, que caiu do terceiro lugar que antes ocupava, a Austrália, que subiu 12 lugares, o Luxemburgo, que trepou duas posições, a Dinamarca, que subiu três lugares, a Finlândia, número dois no ano precedente, e em décimo lugar a Noruega, que baixou seis lugares.

Dos que ocupam as 40 primeiras posições na classificação, destaque para as subidas de 13 lugares da Irlanda, agora na 12.ª posição, e da República Checa, para o 23.º lugar.

Portugal teve a sua melhor classificação no grupo «Retenção», 22º, com 69,58 pontos na média dos nove itens que o compõem, por ficar entre os 10 primeiros em três itens deste grupo - estilo de vida (nono), desempenho ambiental (sétimo) e densidade de médicos (décimo) -, com mais dois entre os vinte primeiros - sistema de pensões (12.º) e segurança das pessoas (17.º) -.

Ainda neste grupo, ficou entre os 12 piores, em 106.º lugar entre 118, em matéria de fiscalidade e em 67.º lugar na retenção de cérebros.

Portugal surge em 27.º lugar nos grupos «Atracção» (57,00 pontos na média dos 11 itens) e «Crescimento (56,22 pontos na média dos 12 itens)).

No grupo «Atracção», ficou em quinto lugar no item tolerância para as minorias e em oitavo na tolerância para os emigrantes, mas não foi além da 83.ª posição nas oportunidades de negócio para as mulheres.

Quanto ao crescimento, o país ficou em sétimo lugar nos direitos individuais, mas em 52.º na aprendizagem ao longo da vida, em 55.º na despesa em educação superior e na prevalência de formação nas empresas e em 71.º na delegação de poderes.

No grupo «Capacidade», Portugal ficou na 33.ª posição, com 62,48 pontos em média dos 16 itens, com a utilização de tecnologia a ser o melhor item (20.º lugar).

Naquele grupo, o país ficou em 84.º no Ambiente de negócios e laboral, em 81.º em facilidade de redundância e em 79.º na relação das remunerações com a produtividade.

A pior posição nacional, em 35.º lugar, com 37,67 pontos em média dos 11 itens, surge no grupo «Competência de conhecimentos globais», apesar do quinto lugar nos artigos em jornais científicos.

Mas vem na 88.ª posição na população com educação superior, em 71.ª nas exportações de alto valor, em 66.ª em novos produtos na actividade empresarial e em 50.ª no impacto do talento.

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