Vendas de portáteis em Portugal devem crescer em 2014

Vendas de portáteis em Portugal devem crescer em 2014Publicado em 30/01/2014 00:27 em Equipamentos

As vendas de portáteis em Portugal deverão aumentar ligeiramente em 2014, até 3%, e o crescimento das vendas de tablets deverá desacelerar significativamente, segundo as previsões do «Observatório Toshiba».

Jorge Borges, director da Toshiba Portugal e que desenvolveu o estudo, em encontro com a imprensa indicou que foram vendidos no ano passado 548 mil portáteis, um recuo de 6,5% face a 2012, com as vendas no consumo a baixarem 6% e as do segmento profissional a recuarem 9%. As vendas do ano passado recuaram para níveis de 2007, precisou.

No entanto, excluindo os netbooks, pequenos portáteis que em 2012 ainda representaram cerca de 10% das vendas e em 2013 desapareceram, o restante mercado de portáteis cresceu ligeiramente, cerca de 3%, observou.

Em contrapartida, as vendas de tablets cresceram 134% em 2012, para 760 mil unidades, mas este deve ter sido o último ano de crescimento a três dígitos, disse Jorge Borges.

Salientou que o crescimento das vendas de tablets foi sustentado em baixos preços, observando que este é um mercado muito fragmentado, com dezenas de marcas com preços abaixo dos 300 euros em Portugal e cerca de duas centenas no mundo. Acrescentou que quase dois terços dos tablets vendidos em Portugal têm sistema operativo Android.

O director da Toshiba Portugal previu que as vendas de tablets cresçam 35% a 40% no ano em curso e ultrapassem o milhão de unidades.

Jorge Borges estima que as vendas de portáteis mais tablets em 2013 tenham atingido 1,3 milhões de unidades, um acréscimo de 42%, e que em 2014 rondem o milhão e meio de unidades.

O responsável da Toshiba salientou que no ano passado as vendas de tabletes já representaram 58% das vendas consolidadas de portáteis mais tabletes em unidades, mas em valor não foram além de 31%, dado que o preço médio dos portáteis subiu e está acima dos 600 euros e o dos tablets desceu e ficou abaixo dos 200 euros.

Destacou que em 2013 as vendas de tablets cresceram 37% em valor, as de portáteis caíram apenas 2% e o valor conjunto dos dois mercados aumentou 7%, o que significa que as vendas de tablets ultrapassaram as de portáteis em unidades mas pesam menos de um terço em valor.

Jorge Borges destacou que as vendas de portáteis de elevado desempenho estão a crescer e sublinhou que as vendas de equipamentos com processador Intel Core i7 cresceram mais de 30% em 2013.

Antecipou que em 2015 mais de 40% dos portáteis transaccionados em Portugal serão ultrafinos ou híbridos (portátil transformável em tablet) e os que têm ecrã sensível ao toque (5% das vendas no último trimestre do ano passado) poderão atingir 40%.

João Amaral, director-geral da Toshiba para Portugal e Espanha, afirmou que a aposta da Toshiba é mais na ultramobilidade dos portáteis do que nos híbridos, que são «touch», mas se aumentar a procura de ecrãs sensíveis ao toque a Toshiba responderá a essa procura.

Os responsáveis da Toshiba consideraram que os portáteis e tablets são complementares, porque os smartphones e tablets têm mais uma perspectiva de consumo de informação e os portáteis de produção de informação. Destacaram que os tablets não vão substituir os portáteis, ainda que se deva verificar uma maior demora na substituição dos portáteis.

Quanto ao crescimento previsto das vendas de portáteis para 2014, Jorge Borges sublinhou que será dinamizado pelo fim do suporte ao Windows XP, que deverá fazer crescer as vendas para o mercado empresarial, e o facto de 1 milhão de Magalhães vendidos no âmbito do programa educação estarem no fim da sua vida útil.

Borges prevê também um aumento das vendas dos tablets com Windows 8, que no quarto trimestre do ano passado já representaram mais de 5% do mercado nacional.

Os responsáveis da Toshiba indicaram que a marca vendeu 118 mil portáteis em 2013 (30% dos quais para o segmento profissional), o que lhe conferiu uma quota de mercado de 2013, e o objectivo para o ano em curso é crescer 5 pontos percentuais acima do mercado e melhorar a quota de mercado, consolidando-a acima dos 20%.

Adiantaram que Portugal é o país da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e talvez do mundo em que a Toshiba tem uma maior quota de mercado, acima dos 20%.

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