A Nokia anunciou que vai despedir mais 3 500 trabalhadores, dos quais 2 200 que trabalham na fábrica de Cluj (Roménia), que deverá encerrar no fim de 2011, a acrescer ao corte de 7 mil empregos anunciado em Abril passado.
O encerramento da unidade de Cluj é justificado por as fábricas asiáticas da marca, com grande volume de produção, estarem a permitir economias de escala e benefícios de proximidade.
Em comunicado, a Nokia anuncia que vai tomar «medidas adicionais» para «ajustar a sua força de trabalho e as operações».
As medidas agora anunciadas deverão conduzir também ao encerramento de instalações em Bona (Alemanha) e Malvern (Estados Unidos), com a concentração da unidade «Locations and Commerce» em Berlim, Boston e Chicago.
A fabricante de equipamentos de telecomunicações finlandesa anuncia, ainda, que vai ajustar a sua capacidade de fabrico e renovar as suas operações industriais.
Neste contexto, indica que a mais longo prazo vai rever o papel das suas operações industriais em Salo (Finlândia), Komarom (Hungria) e Reynosa (México).
Stephen Elop, CEO da Nokia, citado no comunicado, salienta que a Europa é fulcral para o futuro da Nokia, recordando que dispõe de quatro grandes centros de investigação na Finlândia (onde tem sede) e dois na Alemanha, além de centros de investigação noutros países europeus.
Elop garante que a companhia finlandesa está a registar «sólidos progressos» na sua estratégia e afirma que com estas mudanças se vai tornar mais «dinâmica, ágil e eficiente».
A Nokia, durante vários anos líder mundial destacado e incontestado do mercado de telemóveis, incluindo smartphones, tem vindo a perder quota de mercado há vários trimestres e cedeu mesmo a liderança nos smartphones este ano para a Samsung e Apple.