Inquérito da Gartner detecta «fadiga» de alguns consumidores com redes sociais

Publicado em 17/08/2011 00:47 em Destaques

Há sinais de maturidade no mercado das redes sociais e alguns utilizadores de alguns segmentos começam a denotar «fadiga das redes sociais», segundo as conclusões de um inquérito da consultora e analista de mercado Gartner.

O inquérito revela a continuação da localização (adaptação à língua e especificidades dos países), e certas características sociais específicas ditam a preferência dos utilizadores. No entanto, certas marcas globais como o Facebook conseguem liderar em países onde historicamente não eram fortes, acrescenta a Gartner.

A consultora inquiriu 6 295 pessoas com idades dos 13 aos 74 anos em países industrializados e em desenvolvimento. Os consumidores foram questionados sobre o uso e as suas opiniões sobre as redes sociais.

Charlotte Patrick, analista principal da Gartner, citada no comunicado, afirma que o inquérito revela que continua a haver entusiasmo com as redes sociais e que os teenagers e jovens adultos na casa dos 20 anos afirmam que estão a aumentar o seu uso, enquanto faixas etárias mais velhas afirmam que estão a utilizar menos as redes sociais.

Se 37%, em particular entre os mais jovens e mais adeptos das tecnologias, afirmam que estão a usar mais as suas redes sociais favoritas, 24% afirmam que as estão a usar menos do que quando subscreveram o serviço, indica Charlotte Patrick.

«A tendência mostra alguma fadiga entre os «early adopters» (primeiros a adoptar uma tecnologia) e que 31% dos «Aspirers» (consumidores mais jovens, mais móveis e com maior consciência de marcas) indicam que começam a ficar aborrecidos com as suas redes sociais», acrescenta Brian Blau, director da Gartner.

«Os conteúdos das marcas precisam de ser mantidos frescos e ser capazes de capturar instantaneamente a atenção das pessoas. As novas gerações de consumidores são impacientes e com um período de atenção curto, é necessária muita criatividade para manter o impacto», observa Blau.

Cerca de um terço dos que disseram estar a utilizar menos as redes sociais indicaram preocupações com a privacidade.

No Japão, Reino Unido e Estados Unidos cerca de dois quintos estão a utilizar mais as redes sociais, igual percentagem usa o mesmo, mas um quinto está a usar menos do que quando aderiu.

Na Itália e Coreia do Sul quase metade dos inquiridos estão a utilizar mais as redes sociais, mas entre 30 e 40% dos que responderam no Brasil e Rússia estão a usá-las menos.

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