LulzSec anunciam retirada em «post» na sua página no Twitter

Publicado em 26/06/2011 19:47 em Destaques

O grupo LulzSec anunciou esta madrugada, num «post» colocado na sua página no Twitter e dirigido aos «Amigos em todo o mundo», que cessava as suas actividades de pirataria informática.

Os LulzSec nos últimos dois meses entraram ou fizeram negação de serviços em sítios Internet como os da CIA, do Senado dos Estados Unidos e de várias polícias ou de empresas multinacionais.

Aparentemente, a actividade dos LulzSec, ao contrário do que na maioria dos casos acontece actualmente, não visava obter proveitos económicos mas pôr em causa o sistema e demonstrar a fragilidade da protecção de sítios que se pretendiam inexpugnáveis. Talvez por isso suscitasse tanta animosidade das polícias de vários países.

No seu «post», o grupo que diz ter seis membros, afirma: «há 50 dias começamos a navegar no nosso humilde navio num difícil e brutal oceano: a Internet», de que «todos fazemos parte».

Em jeito de manifesto, o LulzSec dirige-se aos seus apoiantes garantindo-lhes que «não são falhados», que não foram suficientemente longe e que «podem conseguir o que quiserem e tiverem vontade de o fazer, acreditem em vós próprios».

Os LulzSec garantem que são responsáveis por tudo o que o grupo fez mas não estão ligados permanentemente a essa identidade.

«Por trás desta bela imagem de arco íris e «top hats», somos pessoas. Pessoas com uma preferência por música, uma preferência por comida e vários gostos no vestir e na televisão, somos exactamente como vocês».

No mesmo estilo de manifesto, o grupo afirma que por trás da sua «máscara de insanidade e caos» verdadeiramente «acredita no movimento AntiSec» (anti segurança).

«Acreditamos nele tão fortemente que o trouxemos de volta, para consternação do que o vêem como mais Lulz anárquico. Nós esperamos, desejamos, até rezamos, para que esse movimento se manifeste numa revolução que possa continuar sem nós», acrescentam, sublinhando que o apoio que tiveram foi «verdadeiramente esmagador».

«Por favor não parem. Juntos podemos derrotar os nossos opressores comuns e imbuir-nos do poder e liberdade que desejamos».

Na Internet e entre analistas já se discute se a desistência se deve à pressão das autoridades policiais na procura dos elementos do grupo (que afirma ser uma tripulação de seis) e a uma tentativa de evitarem ser apanhados em flagrante e com provas irrefutáveis.

Mas este autêntico «manifesto» no Twitter poderá calar fundo em muitos jovens entusiastas da Internet e há o perigo de desencadear uma onda de ataques informáticos, na esmagadora maioria dos casos sem a perícia revelada pelo grupo LulzSec mas que pode afectar muitas entidades mais vulneráveis.

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