O Dia Mundial do IPv6 comemora-se hoje, 8 de Junho, dia em que Google, Facebook ou Yahoo estão entre as muitas grandes organizações que vão oferecer os seus conteúdos sobre IPv& para um teste de 24 horas.
O objectivo daquele teste é motivar as organizações para prepararem os seus serviços para a adopção do IPv6 e assegurarem uma transição calma do IPv4 para IPv6:
Os endereços IP são a base da identificação dos vários dispositivos ligados à Internet, desde servidores e computadores até telemóveis, consolas de jogos, televisões ou tablet PC.
Se nos anos setenta um número reduzido de endereços IP era suficiente, a versão 4 do IP (IPv4), criada a 1 de Janeiro de 1983 como um endereço de 32 bits que permite próximo de 4.295 milhões de endereços Internet, é hoje perfeitamente insuficiente face à multiplicação de dispositivos com ligação à Internet.
A Internet Assigned Numbers Authority (IANA) distribuiu no início de Fevereiro pelas cinco organizações regionais que a integram os últimos endereços IPv4 de que ainda dispunha e que deverão esgotar-se até ao fim do ano em curso.
O IPv6, desenvolvido em 1994, baseia-se em endereços 128 bits e permite 2 elevado a 128 endereços distintos, isto é, mais de 340 sextiliões de endereços (3,4 vezes 10 elevado à potência 38), o que significa que é praticamente inesgotável num futuro previsível, mesmo num previsível futuro de electrodomésticos controlados remotamente através de Internet.
A transição do IPv4 para o IPv6 tem estado a ser preparada por uma task force internacional a que está ligada em Portugal a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN).
O IPv6 não é retro compatível com o IPv4 mas tem mecanismos para endereçar a transição de IPv4 para IPv6, o que permitirá a coexistência dos dois protocolos Internet.