Privacidade é maior preocupação dos utilizadores aplicações móveis

Publicado em 08/05/2011 14:41 em Destaques

A salvaguarda da sua privacidade é a maior preocupações dos utilizadores de aplicações móveis, apontada por 38% dos utilizadores de smartphones inquiridos num estudo online encomendado pela TRUSTe, uma companhia que actua na área da segurança do fornecimento de serviços online.

O estudo revela que a quase totalidade dos inquiridos reclama maior transparência e controlo sobre a informação pessoal que é recolhida nas lojas online e sobre a forma como é partilhada.

Apenas 38% dos inquiridos estão confiantes em que as lojas de aplicações móveis protegem a sua privacidade.

A TRUSTe salienta que só 19% das 340 principais aplicações gratuitas têm um link para a explicação da sua política de privacidade, o que demonstra como trabalham muitos fornecedores de aplicações móveis.

Dois em cada cinco inquiridos não utilizam aplicações nem visitam sites móveis que lhes pedem para fornecerem informação pessoal e 38% dizem que nunca acedem a contas online utilizando terminais móveis.

Ran Maier, presidente e CEO da TRUSTe, citado em comunicado, destaca que «este inquérito revela com cristalina clareza que as preocupações de privacidade são um forte entrave para a utilização de aplicações e websites por utilizadores de smartphones».

O inquérito foi feito online a mil utilizadores de smartphones e 85% dos respondentes pretendem ter a opção de receber ou não publicidade no telemóvel e 74% não gostam de publicidade via telemóvel.

Mais de um terço diz que são alertados pelos smartphones que está a ser recolhida informação sobre a sua localização, uma queixa mais frequente entre os que usam iPhone.

A Apple, uma das visadas pelas preocupações com a privacidade, anunciou uma actualização de software para iPhone que permite reduzir a quantidade de dados de localização armazenados no terminal, segundo a GSMA. Ainda que a Apple continue a negar que o iPhone esteja configurado para recolher dados de localização dos utilizadores.

Relatórios recentes indicavam que o novo modelo do iPhone recolhia automaticamente dados, sem que houvesse aceitação dos proprietários ou que os utilizadores disso tivessem conhecimento.

«A Apple não está a seguir a localização dos iPhones. A Apple nunca o fez nem tem planos para o vir a fazer», garantiu a marca da maçã.

Mas a Apple reconhece que os iPhone podem utilizar os hotspot de Wi-Fi e GPS para aumentar a velocidade dos serviços do iPhone baseados na localização. E como o tamanho dos dados é demasiado grande para ser armazenado no terminal, a Apple diz que houve downloads de uma «cache» para iPhones, que ficaram sincronizados com o iTunes. E a firma da maçã não garante que a transmissão dos dados seja encriptada.

A Apple admitiu um bug que é corrigido com o novo software, que significava que a localização podia continuar mesmo que a opção de serviços de localização tivesse sido desactivada. Garante que com o novo software essa sincronização acaba.

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