O mercado português de tecnologias da informação (TI) recuou 2,7% em 2010, para 3 220,7 milhões de euros, segundo a estimativa da consultora de tecnologias IDC.
No ano de 2009, o negócio do mercado nacional de TI tinha recuado 10,7%.
O relatório da IDC prevê que em 2011 se mantenha uma evolução negativa do mercado de TI em Portugal, com uma queda de 0,6%, e só para 2012 antevê uma recuperação, com um crescimento da ordem dos 3,4%.
Gabriel Coimbra, director da IDC em Portugal, citado em comunicado, assinala que o mercado global e ibérico de TI está em grande turbulência e em Portugal «está marcado pela volatilidade financeira e pela difícil conjuntura económica que desincentivam o investimento e retraiem o consumo», apesar de algumas tendências emergentes serem «bastante promissoras».
O relatório da IDC admite que em 2011 vai acentuar-se a tendência de pedir à tecnologia que não se limite a suportar o negócio das empresas mas que o impulsione, acrescentando mais valor e abrindo caminho para poupanças e aumentos de receitas decorrentes da inovação.
O aumento das vendas de terminais móveis, nomeadamente smartphones, tablet PC, consolas de jogos e novas gerações de televisão e dos serviços e conteúdos associados, nalguns casos com acréscimos a dois dígitos, deverá atenuar a tendência negativa.
A computação em núvem («cloud computing») , com disponibilização de infra-estruturas aplicações e serviços na núvem, está em rápida consolidação, observa a IDC, que prevê o crescimento das núvens privadas.
Aquela consultora de tecnologias considera que o comércio electrónico continuará também a desenvolver-se no ano em curso.