Os Estados da União Europeia gastaram em apoios à banda larga um valor recorde de 1,8 mil milhões de euros de fundos públicos em 2010, revelou a Comissão Europeia.
Em Setembro de 2010, a Comissão adoptou novas normas de ajuda estatal à banda larga para dinamizar o investimento neste sector estratégico sem criar distorções de concorrência.
No ano passado, a Comissão Europeia adoptou um número recorde de decisões sobre o desenvolvimento da banda larga, que permitiu a referida despesa estatal de 1,8 mil milhões de euros.
As áreas onde não existia nenhuma rede de banda larga foram consideradas zonas prioritárias de apoio ao desenvolvimento da banda larga.
Peritos do mercado de banda larga afirmam que os projectos locais são predominantemente captados pelos operadores dominantes porque têm maior capacidade para atrair os apoios do governo, embora noutros casos não haja alternativas.
Ilsa Godlovitch, da ECTA – European Competitive Telecoms Association, ligada aos novos operadores do mercado, afirma que os incumbentes possuem muitas das infra-estruturas vitais necessárias para fazer uma aposta credível no serviço de banda larga nas zonas rurais, acusação negada pelos operadores dominantes, que garantem jogar de acordo com as regras de um mercado competitivo.
Ilsa Godlovitch defende que as autoridades públicas e os reguladores devem fazer um esforço real para garantir que há verdadeira concorrência, porque de outro modo os contribuintes podem ser afectados por um fornecedor de serviço monopolista que dispõe de todas as cartas do jogo.
A Comissão Europeia garante que o investimento foi apoiado em áreas que não dispunham de Internet e que as novas redes estão abertas a outros operadores que não os incumbentes.
Um responsável da Comissão Europeia afirmou que esta desconhece que companhias beneficiaram das ajudas estatais ao desenvolvimento da banda larga.
Os dados de 2010 indicam que as quotas de mercado dos operadores de telecomunicações incumbentes da União Europeia cresceram ou mantiveram se, continuando em níveis altos, segundo um estudo elaborado pela consultora Analysys Mason.