Receitas da Magic Beans cresceram mais de 70% em 2022

Publicado em 10/01/2023 18:45 em Empresas

As receitas da Magic Beans, consultora portuguesa especializada em cloud (nuvem), cresceram em 2022 cerca de 75%, para uma facturação na ordem dos três milhões de euros, revelou hoje o presidente executivo (CEO) da empresa, Vítor Rodrigues.

Em encontro com a imprensa, Vítor Rodrigues indicou que no ano passado a tecnológica portuguesa, fundada em 2017, abriu no ano passado operações na Itália, Holanda e Suíça e atingiu sete dezenas de trabalhadores, 90% dos quais consultores ou engenheiros informáticos.

Para o ano em curso, Vítor Rodrigues espera um crescimento de 60 a 70% da facturação, para cerca de 5 milhões de euros, prevê a abertura de operações na Áustria e Alemanha (país que está a investir muito na nuvem) e a consolidação em países onde já está presente, o aumento da força de trabalho para 120 pessoas e o reforço das parcerias com a Google e a AWS.

Para 2023, o CEO da Magic Beans aponta como objectivos a obtenção de novas certificações para manter a posição de liderança que tem vindo a alcançar na área dos serviços na nuvem, fornecendo os serviços “mais inovadores, completos, sofisticados e maduros” disponíveis no mercado.

Vítor Rodrigues indicou que o crescimento da tecnológica tem sido orgânico e no futuro também não prevê aquisições, a menos que surja uma oportunidade muito favorável, observando que actualmente são sobretudo fundos de investimento que estão a comprar empresas para as reestruturar e voltar a vender.

Recordou que em Outubro passado a Magic Beans foi a primeira empresa portuguesa a obter a certificação AWS Managed Service Provider e destacou que a companhia tem parcerias com os principais líderes de tecnologias cloud de nova geração, como a AWS, Google, Microsoft, RedHat ou VMWare.

O CEO da empresa assinalou que a Magic Beans tem uma academia de formação para a cloud, que forma os jovens que contrata e também faz formação para alguns clientes, e, face à dificuldade em contratar profissionais de vendas, criou uma academia de formação em vendas para formar profissionais juniores.

A totalidade dos trabalhadores em Portugal são portugueses e a taxa de rotação anda nos 4% a 4,5%, o que compara com uma média nacional de 20%, o que é conseguido “tratando bem” os trabalhadores, investindo em formação e por ser uma empresa de “desorganização organizada”, sem muita supervisão, porque não é possível competir com as organizações internacionais a nível remuneratório.

O CEO da tecnológica precisou que em Portugal a empresa compete sobretudo com multinacionais que têm centros de negócios em Portugal e escolhe para se expandir países com uma estrutura empresarial semelhante à portuguesa, nomeadamente no peso de pequenas e médias empresas (PME), embora com outra dimensão.

Vítor Rodrigues indicou que a Magic Beans tem alguns clientes do sector público, central e local, em Portugal e na Bélgica e está a equacionar a poossibilidade de reforçar a sua presença nesse segmento, nomeadamente tendo em conta o aproveitamento das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinada àquele sector.

A Magic Beans, com sede em Óbidos, tem subsidiárias em Espanha e na Bélgica, tem operações na Itália, Holanda e Suíça e presta serviços no Luxemburgo, França, Alemanha e Itália.

Vítor Rodrigues adiantou que o negócio fora de Portugal representa 30% a 40% do total mas o objectivo a prazo é atingir 80% da facturação no exterior.

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