O Produto Interno Bruto português aumentou 4,9% homólogos no terceiro trimestre de 2022, com uma diminuição do contributo para o crescimento económico quer da procura interna, quer da procura externa líquida, indicou hoje o INE.
As estimativas preliminares (a 30 dias) do PIB, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que em cadeia (face ao trimestre anterior) o PIB do terceiro trimestre terá subido 0,4%, acima dos 0,1% do segundo trimestre e claramente acima de algumas previsões entretanto divulgadas.
O INE indica que redução do contributo da procura interna para o crescimento homólogo decorre das desacelerações do consumo privado e do investimento e no caso da procura externa líquida deveu-se a uma desaceleração das exportações de bens e serviços em volume mais intensa do que a das exportações.
O INE precisa que o crescimento mais pronunciado do deflator das importações, acima do verificado nas exportações, determinou uma perda de termos de troca que se prolonga há seis trimestres.
A desaceleração homóloga das exportações de bens e serviços não se verificou na área do turismo, dado que no terceiro trimestre as dormidas de não residentes, apesar de ainda abaixo de 2019, mais do que duplicaram, com um acréscimo homólogo de 108,3%, o que dá larga margem para acomodar alguma eventual descida em termos reais (deduzida a inflação média) dos preços praticados.
Fernando Valdez