O Produto Interno Bruto (PIB) terá crescido 4,2% no terceiro trimestre de 2021 em termos homólogos (face ao mesmo período do ano anterior), segundo as estimativas preliminares (a 30 dias) do INE.
Comparando com o segundo trimestre, o PIB cresceu 2,9%, acrescenta o Instituto.
DE notar que as comparações homólogas e em cadeia (face ao trimestre anterior) em 2020 e em 2021 são enviesadas pelo grau de confinamento entre os trimestres comparados, quer no caso de variações homólogas, quer em cadeia.
O INE indica que o contributo da procura interna líquida para o crescimento homólogo foi positivo, enquanto o da procura externa líquida (exportações menos importações) de bens e serviços foi ligeiramente mais negativo, traduzindo um aumento maior das importações do que das exportações.
Assinala que o deflator (que corrige as variações de preços para obter o crescimento em volume) foi mais expressivo nas exportações e, em maior grau, nas importações, traduzindo a evolução dos preços do produtos energéticos e nas matérias primas.
As estimativas rápidas do INE para o comércio internacional (de bens) no terceiro trimestre apontam para uma variação homóloga, em valor, de 20,0% nas importações e de 12,3% nas exportações.
Depois de um crescimento a dois dígitos no segundo trimestre de 2021, devido á comparação com um período desfavorável do ano passado, a produção industrial portuguesa caiu no terceiro trimestre, com a energia e os bens de investimento a apresentarem os comportamentos mais desfavoráveis, com quedas a dois dígitos, mas também com redução da produção na indústria transformadora, segundo dados do INE.
A recuperação da procura turística foi um factor importante para o aumento da riqueza produzida em Portugal no terceiro trimestre.
Os dados do INE revelam que as dormidas cresceram 57,1% homólogos, com acréscimo de 102,4% nos não residentes (para mais do dobro) e de 31,5% nos residentes. O instituto destaca que, pela primeira vez desde o início da pandemia, as dormidas de não residentes ultrapassaram em Setembro as de residentes. No entanto, comparando com o terceiro trimestre de 2019, as dormidas totais caíram mais de 30%, com as de não residentes a caírem para menos de metade.