Portugal é 46.º em desempenho médio da banda larga fixa

Publicado em 12/09/2020 18:07 em Destaques

Portugal surge em 46.º lugar na velocidade médiaefectiva de banda larga fixa disponibilizada, com base num estudo em 221 países e territórios promovido pela companhia britânica cable.co.uk e disponível no seu sítio Internet.

A organização, fundada em 2005 por Paul France e acreditada pelo regulador britânico das telecomunicações OFCOM, indica que os seus estudos reflectem os preços finais que os clientes realmente pagam.

A velocidade média da banda larga fixa em Portugal, calculada com base em quase 4,15 milhões de medições, é de 37,82 Megabits por segundo (Mbps) efectivos, o que significa que em média os utilizadores portugueses demoram 17 minutos e 58 segundos a fazer download de um filme (ou qualquer ficheiro) com 5 Gigabytes (Gb).

A lista é encabeçadas por nove países e territórios (de dimensão relativamente pequena), a maioria da Europa Ocidental, com velocidades médias de acima de 100 Mbps: Liechstenstein (229,98 Mbps) Jersey (218,37 Mbps), Andorra (213,41 Mbps), Gibraltar (183,09 Mbps), Luxemburgo (118,05 Mbps), Islândia (116,68 Mbps), Suíça (110,45 Mbps), Hong Kong (105,32 Mbps) e Mónaco (104,98 Mbps), segundo a cable.co.uk.

O décimo lugar é ocupado pela Hungria (99,74 Mbps) e nos 36 primeiros, todos acima de 50 Mbps, estão países como a Holanda, Malta, Dinamarca, Suécia, Singapura, Eslováquia, Estados Unidos, Estónia, Noruega, Nova Zelândia, Bélgica, Eslovénia, Roménia, Lituânia, Espanha, Polónia, Taiwan, Japão, Canadá, Letónia, e França.

À frente de Portugal estão também, entre outros, Porto Rico, Malásia, Bulgária, Finlândia, Alemanha, Coreia do Sul e Granada, indica a cable.co.uk.

Imediatamente a seguir a Portugal surge o Reino Unido, mas Portugal superioriza-se também a países como a Irlanda, República Checa, Israel, Grécia, Federação Russa ou Itália.

De acordp com o estudo, no fim da tabela, em 221/º lugar, surge o Sudão do Sul, com velocidade média de download de 0,58 Mbps, cerca de 580 milhares de bits por segundo (Kbps), precedido pelo Yemen (650 Kbps), Turquemenistão (740 Kbps), Guiné Equatorial (750 Kbps), Síria (760 Kbps) e Timor-Leste (890 Kbps), velocidades que hoje não são geralmente consideradas banda larga.

Há alguma discussão sobre qual a largura de banda mínima para se poder classificar de banda larga, mas geralmente não são consideradas as inferiores a 5 Mbps e alguns defendem como mínimo os 20 Mbps ou 25 Mbps.

Segundo a Cable.co.uk, um utilizador do Liechstenstein demora 2 minutos e 58 segundos a descarregar um ficheiro de 5 gigabytes e o de Jersey 3 minutos e oito segundos, enquanto para descarregar um ficheiro do mesmo tamanho, o internauta do Sudão do Sul demora mais de 19 horas e meia, o do Iémen mais de 17 horas, o do Turquemenistão e Guiné Equatorial acima das 15 horas.

Outro estudo promovido também pela cable.co.uk coloca Portugal no lugar 117 em custo médio mensal da banda larga fixa, contabilizando como primeiro o mais barato, com um preço mensal de 49,42 dólares (todos os valores são convertidos em dólares, para aumentar a comparabilidade, mas constam também os custos em moeda local), que em Portugal correspondem a 44,40 euros

O estudo da cable.co.uk indica que em Portugal o valor mensal de banda larga fixa mais acessível é de 21,25 euros e o mais caro de 57,40 euros.

No entanto, se considerarmos o custo mensal por Megabit da banda larga fixa, Portugal fica entre os vinte mais baratos, com 20 cêntimos de dólar.

A Síria tem o custo mensal médio mais baixo da banda larga fixa (6,60 dólares), seguindo-se a Ucrânia (6,64 dólares), a Federação Russa (7,35 dólares), a Roménia (8,15 dólares), a Bielorrússia (9,87 dólares), o Butão (10,42 dólares), o Irão (10,50 dólares), o Cazaquistão (11,10 dólares), a Lituânia (11,14 dólares) e em décimo lugar o Vietname (11,23 dólares), segundo o estudo promovido pela cable.co.uk.

A Eritreia, na posição 206, tem o custo médio mensal mais caro da banda latrga fixa, de 2 666,24 dólares, abaixo do Iémen (2 466,67 dólares), da Mauritânia (694,63 dólares), do Burundio (283,73 dólares), da Guiné Equatorial (259,38 dólares), do Turquemenistão (224,68 dólares) e da Tanzânia (188,16 dólares).

De sublinhar que a conversão da moeda local para dólares, ao contrário das paridades de poder de compra (PPC), não traduz o esforço médio dos consumidores para pagar o valor que lhes é pedido.

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