As vendas mundiais de computadores (portáteis, de secretária e estações de trabalho) recuperaram no segundo trimestre e cresceram 9,0%, para um total de 72,92 milhões de unidades, segundo estimativas da consultora e analista de mercados Canalys.
A recuperação está relacionada com o grande aumento da procura de PC a partir de Março com o arranque do trabalho e do ensino à distância, em tempos de confinamento devido à pandemia Covid-19.
A HP conseguiu regressar à liderança do mercado mundial que já tinha sido sua, com um aumento de 17,5% das vendas, para 18,08 milhões de máquinas, ficando com uma quota de mercado de 24,8%, segundo aquela analista.
A Lenovo, que tinha o primeiro lugar no segundo trimestre de 2019, com uma fatia de 24,3% do mercado, perdeu no II trimestre de 2020 a liderança apesar de as suas vendas terem progredido 7,0%, para 17,41 milhões de unidades, ficando com uma quota de 23,9%, indica a consultora.
A Dell manteve o terceiro lugar do mercado global, ainda que com perda de quota, com as suas vendas a subirem 3,4%, para 12,01 milhões de unidades, representando 16,5% do mercado, precisa.
A Apple, com um acréscimo de 13,1%, para 5,35 milhões de Mac, manteve a sua posição e melhorou ligeiramente a quota de mercado, para 7,3%, enquanto a Acer, a marca que mais aumentou as vendas (21,0%), colocou 4,99 milhões de máquinas e aumentou a quota de mercado para 6,8%, adianta a consultora.
As cinco maiores marcas representaram em conjunto quase quatro quintos do mercado (79,3%), segundo os dados da Canalys.
Rushabh Doshi, director da Canalys, citado no comunicado, destaca que as vendas de portáteis fizeram sair o mercado de PC da depressão e foram essenciais para assegurar que os sectores de serviços, administração pública e a educação continuassem a funcionar numa situação de disrupção e incerteza sem precedentes.
Os fabricantes, empresas de canal e retalho fizeram as mudanças necessárias para aumentar a produção e entregas para a mais alta procura desde há vários anos, afirma Doshi, destacando que a extraordinária procura provocou mudanças de estratégia em toda a indústria de PC e que os desenvolvedores de aplicações voltaram a sua atenção para os PC, após anos centrados nos smartphones.
Ishan Dutt, analista da Canalys, assinala que a região EMEA – Europa, Médio Oriente e África (25%) e a América do Norte (11%) foram as regiões onde as vendas de PC mais cresceram, devido à transição para o trabalho remoto e o ensino à distância, enquanto a América Latina teve o pior comportamento, com uma redução de vendas de 13%.
A Canalys salienta que esta análise não inclui as vendas de tablets e destacáveis (portáteis convertíveis em tablets retirando o teclado), mas conta com os Chromebooks.