Centro de Dados Equinix no Prior Velho há 12 anos sem falhas

Publicado em 05/07/2019 17:44 em Destaques

O Centro de Dados da Equinix em Portugal há mais de 12 anos que funciona sem qualquer descontinuidade de serviço e o primeiro trimestre de 2019 foi o 65.º de crescimento do negócio, revelou Carlos Paulino, Director-geral da Equinix em Portugal.

Em visita quinta-feira ao Centro de Dados do Prior Velho, que pertence à Equinix desde Setembro de 2017, quando a multinacional norte americana comprou a Itconics, Carlos Paulino indicou que a companhia está presente em 52 áreas metropolitanas de 24 países dos cinco continentes, emprega mais de 7200 trabalhadores e teve um volume de negócios de 5072 milhões de dólares no ano passado.

A Equinix dispõe de um total de duas centenas de centros de dados, precisou.

Adiantou que em Portugal, o Centro de Dados localizado no Prior Velho (arredores de Lisboa) tem uma superfície de mais de 5 mil metros quadrados, garante mais de 5 mil interconexões, tem ligações a 16 cabos submarinos de fibra óptica, com capacidades até 16 terabits por segundo (Tbps) por par de fibra, e serve mais de 40 fornecedores de serviços de rede, o que o torna o ecossistema de interligação mais poderoso em Portugal.

Em Portugal a Equinix tem dezena e meia de postos de trabalho directos, precisou.

Carlos Paulino observou que o centro da Equinix em Portugal tem capacidade para ligar a Europa ao mundo, nomeadamente como porta de saída para África, e é usado pelos países da África Ocidental para se ligarem ao mundo.

Assinalou que os cabos submarinos ligados ao Prior Velho potenciam ligações digitais rápidas e seguras, directas ou indirectas, entre a Europa, as Américas, África e a região Ásia/Pacífico.

Carlos Paulino revelou que desde a sua compra pela Equinix, o Centro de Dados do Prior Velho aumentou a sua capacidade em 30% a 40% e que deverá ser brevemente anunciado um grande investimento em Portugal na expansão da sua capacidade.

Previu que a capacidade da infra-estrutura do Prior Velho duplique nos próximos quatro anos e disse acreditar que o actual edifício tenha capacidade para suportar as necessidades de expansão para os próximos três/quatro anos, sendo a opção seguinte ter um novo centro de dados, por construção ou aquisição.

Disse que os 60 clientes em Portugal podem optar por ter um armário “rack”, uma gaiola com vários armários ou mesmo uma sala inteira e podem expandir a capacidade de que dispõem em função das necessidades da companhia.

Se um cliente quiser 800 metros quadrados e 4 megawats, este centro consegue entregar isso, garantiu.

O director-geral em Portugal salientou que o Centro de Dados aposta numa fiabilidade de 99,9999%, com soluções de elevada resiliência e redundância, geradores próprios de energia, com reposição num máximo de 10 segundos após uma falha (três grupos geradores, que podem duplicar), e quatro unidades de climatização, que podem ser duplicadas.

Sendo uma infra-estrutura de elevados consumos de energia, outro objectivo é a eficiência energética.

Carlos Paulino citou um estudo da Equinix, o Global Interconnection Index, que prevê que a largura de banda da interconexão no mundo deverá exceder os 8200 Tbps, o que representará cerca de 33 Zetabytes (33 seguido de 21 zeros bytes) de troca de dados num ano.

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