IA e tecnologias emergentes vão duplicar produtividade até 2025

Publicado em 25/01/2019 23:38 em Destaques

A inteligência artificial (IA) e restantes tecnologias emergentes irão duplicar a produtividade até 2025, segundo as previsões da Oracle para os próximos seis anos, apresentadas quinta-feira à imprensa.

A Oracle considera que a IA (na sigla inglesa AI) tem ainda imensas potencialidades para aumentar a produtividade humana e permite um melhor apoio à decisão à medida que cresce o volume de dados disponíveis para o negócio, defendendo que a IA muda a equação da produtividade para muitos empregos ao automatizar actividades e permitir resolver mais rapidamente problemas complexos.

A Oracle prevê, ainda, que em 2025 todas as aplicações terão tecnologias de inteligência artificial, afastando-se ainda mais das aplicações antes existentes. Defende que a IA concluirá o que o Business Intelligence (BI) começou, ao permitir contextualizar, compreender e utilizar enormes quantidades de dados.

A multinacional antecipa que em 2015 sete em cada 10 interacções com clientes serão automatizadas, observando que a IA já tem um profundo impacto na forma de interacção das empresas com os consumidores.

Acrescenta que hoje 89% utilizam assistentes de voz no serviço ao cliente e 69% das funções de serviço ao cliente usam «chatbots» para um atendimento permanente em qualquer lugar e a IA ajuda as empresas a compreender as necessidades dos clientes.

A Oracle sustenta que os fornecedores de soluções na nuvem irão substituir completamente os centros de dados em 2025, com um número quase ilimitado de formas de usar a «cloud», que passará a ter um nível de fiabilidade e desempenho pelo menos igual ao das tecnologias tradicionais.

A companhia defende que dentro de seis anos quatro quintos das cargas de trabalho e aplicações críticas de negócio irão migrar para a «cloud», em função das capacidades em termos de flexibilidade, fiabilidade e desempenho da nuvem.

Espera que em 2015 nove em cada 10 empresas utilize uma única plataforma que fará a ponte entre a computação na nuvem e as instalações internas e prevê que os regulamentos de privacidade, que requerem capacidades de auditoria imediata, conduzirão as organizações a optarem por uma plataforma unificada,

A Oracle prevê que até 2025 a comunidade de programadores irá multiplicar-se por 10 vezes e a sua produtividade por cinco, com o crescimento da procura de aplicações a exceder a capacidade dos desenvolvedores de aplicações, apesar do seu aumento.

A Oracle assinala que entre 2012 e 2018 a capacidade da plataforma de alojamento de código GitHub passou de 5 milhões para 31 milhões de utilizadores, mas mesmo este nível de crescimento no número de desenvolvedores de aplicações foi insuficiente para acompanhar o aumento da procura.

Acrescenta que as inovações vão requerer o domínio de novas tecnologias e disciplinas e a automação elevará as exigências para novos níveis, em que os programadores serão capazes de trabalhar em num mundo virtual de componentes e simulações de código que vão alterar todo o ciclo de vida do desenvolvimento.

A companhia antecipa que dentro de seis anos mais de metade dos dados, um activo crucial para as organizações, serão geridos de forma autónoma, para eliminar várias actividades de manutenção e actualização dos dados.

Ao mesmo tempo, serão até lá automatizadas 70% das funções de TI, para reduzir os milhares de milhões de horas gastas anualmente nas complexas rotinas das tarefas de tecnologias de informação.

A Oracle antecipa que o número de incidentes de segurança se irá multiplicar por 100 até 2025 e que a automatização será a forma mais eficaz de prevenir, identificar e combater as ameaças maliciosas, prevendo que o tráfego malicioso vai usar IA para se esconder no meio do tráfego legítimo.

A Oracle conclui que as companhias ultrapassaram a questão das razões para aderirem à nuvem e as tecnologias emergentes para chegarem à importante questão de como vão lá chegar e garante que para a companhia norte-americana isso é tão simples como fazer uma actualização.

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