O investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) em 2017 em Portugal representou 1,32% do PIB, claramente abaixo da média da União Europeia (UE), que foi de 2,07%, e em décimo-quarto lugar entre os 28 Estados membros revelou o Eurostat – Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias.
Entre 2007 e 2017, a intensidade de I&D em Portugal, medida pela despesa de I&D sobre o PIB, aumentou 0,2 pontos percentuais, o que afastou mais o país da média da UE, onde essa intensidade subiu 0,3 pontos percentuais.
A intensidade de I&D aumentou em 21 estados membros, com destaque para a Áustria e a Bélgica, ambas com acréscimos de 0,74 pontos percentuais, diminuiu em seis, com maior expressão na Finlândia (menos 0,59 pp) e Luxemburgo (menos 0,33 pp) e manteve-se inalterada em Malta.
Em Portugal foram investidos em 2017 em I&D 2563 milhões de euros e nesse ano a intensidade de I&D ainda ficou em menos de metade do objectivo definido pela UE para 2020.
A intensidade de I&D é máxima na Suécia (3,33%), Áustria (3,16%), Dinamarca (3,06%) e Alemanha (3,02%), sendo estes os únicos quatro países que já atingiram a meta de 3% definida pela União Europeia para ser atingida pelos seus Estados membros em 2020.
Os menores esforços de despesa em I&D registavam-se na Roménia (0,50% do PIB), na Letónia (0,51%), em Malta (0,55%) e em Chipre (0,56%).
Dos 318 108 milhões de euros investidos em I&D pelos 28 membros da UE em 2017, as empresas asseguraram cerca de dois terços (66%), o ensino superior 22%, as administrações públicas 11% e as entidades privadas sem fins lucrativos 1%.
O país em que o ensino superior tinha em 2017 mais peso na despesa em I&D nacional é a Letónia (47%), surgindo Portugal em segundo lugar, com 43%, mais 13 pontos percentuais do que em 2007, seguindo-se Chipre com 42%.
Em Portugal, o peso da despesa das empresas em I&D manteve-se em 51% em 2017, percentagem igual à de 10 anos antes, enquanto as administrações públicas reduziram no mesmo período o seu peso de 9 para 5% e as instituições privadas sem fins lucrativos baixaram de 12% para 2%, percentagem que, ainda assim, coloca Portugal em segundo lugar a par com a França, Itália e Reino Unido.