A Apple anunciou em baixa as suas expectativas de receitas no primeiro trimestre fiscal de 2019, terminado a 29 de Dezembro, para 84 mil milhões de dólares (quase 74 mil milhões de euros).
Numa carta dirigida pelo CEO (presidente executivo), Tim Cook, aos investidores e divulgada à imprensa, a Apple atribui as previsões de um volume de negócios inferior ao esperado às vendas de iPhones e à desaceleração de mercados emergentes, em particular da «grande» China (continental e Taiwan).
Na divulgação dos resultados do quarto trimestre fiscal 2018, a 1 de Novembro, a marca da maçã tinha previsto receitas entre 89 mil milhões de dólares e 93 mil milhões de dólares (entre 78 mil milhões de euros e cerca de 81,5 mil milhões de euros) no trimestre fiscal terminado a 29 de Dezembro.
Na carta, Tim Cook faz notar que ainda faltam umas semanas para apurar os resultados do trimestre que findou, mas indica que quis divulgar as estimativas preliminares inferiores ao previsto, embora apenas no plano das receitas.
Recorda que quando foram elaboradas as previsões divulgadas a 1 de Novembro a Apple já tinha em conta que o lançamento dos novos iPhone um mais cedo do que no ano precedente afectaria os resultados do trimestre que findou, que a força do dólar poderia contribuir para uma redução do valor em dólares das suas vendas em dois pontos percentuais e os desafios nos mercados emergentes, em particular na China.
Destaca que a contracção do mercado de smartphones na China foi superior à esperada, e a desaceleração económica chinesa e em mercados emergentes também foi mais forte, nomeadamente devido às tensões comerciais com os Estados Unidos e à incerteza nos mercados financeiros. No entanto, as receitas de serviços na China registaram um novo recorde e Tim Cook antevê um futuro brilhante para a Apple no gigante asiático.
O presidente executivo da Apple destaca que as receitas das vendas de iPhones representam quase todo o montante da queda prevista de receitas, o que também é devido ao facto de ter havido uma queda homóloga nalguns países desenvolvidos por as substituições de iPhones terem sido inferiores ao antecipado, nomeadamente por com alterações das políticas de subsidiação por operadores.
Cook sublinha que, apesar de ser desapontante rever as previsões de receita em baixa, a Apple mostrou um desempenho notável em várias áreas, com as receitas, excluindo as vendas de iPhones, a crescerem 19%.
O CEO da companhia assinala que a base instalada de dispositivos activos da Apple cresceu mais de 100 milhões de unidades em 12 meses e verificaram-se no trimestre terminado a 29 de Dezembro receitas recorde nos serviços, wearables e computadores Mac.
Indica que os serviços geraram naquele trimestre um valor recorde de 10,8 mil milhões de dólares (9,5 mil milhões de euros), as vendas de wearables subiram quase 50% e as vendas de iPad Pro cresceram a dois dígitos.
Tim Cook adianta que a multinacional espera receitas recorde em vários países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Espanha e Holanda e um recorde nos resultados por acção.