A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) anunciou que recebeu cerca de 69,5 mil reclamações no ano passado, um aumento de 9% face a 2015, representando quatro reclamações por mil clientes, mais 03% do que no ano anterior.
A ANACOM revelou que as comunicações electrónicas representaram 83,6% do total de reclamações que recebeu em 2016 e cresceram 6% face a 2015, enquanto os serviços postais suscitaram 13,9% do total de reclamações, mas o número de queixas em relação a este serviço aumentaram 26,9%.
Segundo o regulador, nas comunicações electrónicas os assuntos mais reclamados foram Venda do serviço (15,7%), Cancelamento do serviço (14,4%), Equipamento (10,8%), Facturação (10,5%) e Avarias (9,6%)
Destaca um aumento de 1708 reclamações relacionadas com Alteração das Condições Contratuais, que subiram do décimo para o sexto lugar nos assuntos mais reclamados.
Segundo o regulador, o serviço telefónico móvel foi o objecto de mais reclamações, destacando-se os Equipamentos com 35,1% das queixas desse serviço.
Os pacotes de serviços surgem em segundo lugar no número de queixas mas apresentaram a maior taxa de reclamação, de 4,7 por mil clientes, acrescenta.
Indica que a televisão por subscrição foi o terceiro serviço mais contestado, com as avarias a pesarem 30,5% nas queixas e a Venda do Serviço 19,1%.
A Internet móvel foi o quarto serviço mais reclamado, com as queixas sobre a Venda do serviço a atingirem 22%, a facturação 18,3% e o cancelamento do serviço 12,3%, surgindo em quinto lugar a Internet fixa, com as avarias (37,7%) e a velocidade 35,8% a liderarem os protestos, adianta a ANACOM.
O serviço de comunicações electrónicas com menos reclamações foi o telefone fixo, destacando-se neste as avarias (28,7% das queixas) e a portabilidade (18,5%).
A NOWO (marca da Cabovisão) e a NOS apresentaram as maiores taxas de reclamação, de 7,1 por mil e 6,1 por mil clientes, respectivamente, apesar de aqueles valores representarem uma melhoria face a 2015, indica o regulador.
Nos serviços postais, 44% das reclamações estão associadas a problemas na distribuição dos objectos postais. O Atendimento (28,1%), Falta de tentativa de entrega ao destinatário (12,4%), Falhas na distribuição 11,7%, Atraso na distribuição de objectos postais (11,4%) e Extravio ou atraso significativo na entrega (11,2%) sobressaem nos motivos de queixa, revela a ANACOM.
As reclamações sobre a Televisão Digital Terrestre (TDT) baixaram 23,6% no ano passado e corresponderam apenas a 0,6% das reclamações, adianta o regulador