Receitas monitorização remota doentes atingiu 7,5 mil milhões euros em 2016

Publicado em 17/02/2017 00:42 em Destaques

A consultora sueca Berg Insight estima que no ano passado as receitas mundiais de monitorização remota de doentes atingiram 7,5 mil milhões de euros.

A consultora e analista de mercados indica que o seu estudo inclui receitas de dispositivos médicos de monitorização, soluções de ligação com dispositivos móveis, plataformas de prestação de cuidados e programas por telemóvel de cuidados de saúde.

Revela que no ano passado centenas de milhares de consumidores ligaram dispositivos de monitorização médica à cloud através dos seus smartphones.

A Berg prevê que entre 2016 e 2021 as receitas daquela área cresçam a uma taxa média anual acumulada (CAGR, na sigla inglesa) de 33,8%, para atingirem 32,4 mil milhões de euros em 2021.

As poupanças dos fornecedores de cuidados de saúde excederão largamente aqueles custos e permitirão conseguir melhor eficiência de custos, observa.

Acrescenta que aquelas tecnologias são frequentemente consistentes com a preferência dos pacientes para conseguirem vidas mais saudáveis, activas e independentes.

A Berg Insight destaca que a indústria de saúde está a evoluir para um modelo em que as soluções de cuidados de saúde por Internet farão parte das práticas standard e se tornarão cada vez mais importantes.

«Todos os dispositivos relacionados com a saúde que possam ser ligados [à Internet] vão estar ligados e a gestão dos dados dos pacientes vai tornar-se cada vez mais importante», defende Anders Frick, Analista Sénior da consultora.

Sustenta que haverá cada vez maior mistura entre dispositivos médicos e «gadgets» de saúde e que tanto companhias tradicionais como startups tentarão posicionar-se como actores deste mercado.

Prevê que companhias industriais, produtores independentes de aplicações (apps) e gigantes da tecnologia como a Google, Apple ou Microsoft tentarão posicionar se como actores importantes no ecossistema de dados móveis de saúde.

A Berg indica que o seu estudo abrangeu, também o mercado de desfibriladores externos automáticos (AED, na sigla inglesa), que automaticamente diagnosticam e corrigem problemas cardíacos.

A consultora indica que a produção anual de dispositivos AED é da ordem do meio milhão de unidades, sendo que alguns fabricantes fornecem já esses dispositivos com capacidade de conexão à Internet.

A Berg Insight admite que em 2017 cerca de um décimo dos dispositivos AED estarão ligados à Internet e antecipa que em 2021 seja esse o caso de metade deles.

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