O Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias (EUROSTAT) anunciou que a despesa da União Europeia (UE) em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em percentagem do PIB se manteve no ano passado relativamente estável face a 2014.
Os dados do EUROSTAT indicam que a intensidade em I&D, isto é, a despesa em I&D em percentagem do PIB, ficou em 2,03% no ano passado, marginalmente abaixo dos 2,04% de 2014.
A UE investiu em Investigação e Desenvolvimento mais de 298,8 mil milhões de euros em 2015.
Portugal surge na segunda metade da tabela, em 17.º lugar entre os 28, com uma intensidade de 1,28%, muito abaixo da média comunitária de 2015 e com uma despesa total em I&D de 2 289 milhões de euros.
O esforço em investigação e desenvolvimento atingiu 3,26% do PIB na Suécia, 3,07% na Áustria, 3,03% na Dinamarca e 2,90% na Finlândia.
O EUROSTAT indica que em média da UE a despesa das empresas em I&D representou quase dois terços (64%) do total, a das Universidades 23% e a das instituições governamentais 12%.
Em Portugal a investigação das empresas representou 47% da despesa total em I&D no ano passado, praticamente ao nível das Universidades (46%), enquanto a participação de instituições governamentais se reduziu para 6%, segundo o EUROSTAT.
A Eslovénia é o país da UE com maior participação empresarial na despesa total em I&D (76%), seguindo-se a Hungria e a Bulgária (73%), a Irlanda e a Bélgica (72%), a Áustria (71%) e a Suécia (70%).
A despesa das universidades em I&D ascende ou ultrapassa metade da despesa total na Lituânia (56%), Chipre (54%) e Letónia (50%).
O peso das instituições governamentais na despesa total em I&D é máximo na Roménia (38%) e no Luxemburgo (31%).
A média da UE no ano passado é um peso da despesa em I&D de 64% nas empresas, 23% nas universidades e de 12% nas instituições governamentais.
O EUROSTAT recorda que o objectivo da UE para 2020, no âmbito da estratégia 2020, é atingir uma intensidade em I&D de 3,0%.