A Oracle Portugal teve no ano fiscal de 2016, terminado a 31 de Maio passado, um volume de negócios recorde, com crescimento a dois dígitos e ganhos de quota de mercado, revelou hoje o director-geral da multinacional em Portugal, Hugo Abreu.
Em encontro com a imprensa, Hugo Abreu sublinhou que no último ano fiscal o volume de negócios da Oracle em Portugal cresceu a dois dígitos e atingiu a meta definida para o ano fiscal de 2017, o que significa chegar em dois anos ao objectivo a três anos.
Observou que este desempenho se deve ao facto de a Oracle apresentar uma oferta de tecnologia (software e hardware) muito completa, sem paralelo no mercado, de ter sido definido um plano ambicioso a três anos de ganhos de quota de mercado e ao desenvolvimento do trabalho com parceiros de qualidade.
Indicou que 85% das novas receitas da Oracle Portugal forams geradas por negócios que envolveram parceiros.
A Oracle, tal como muitas multinacionais, apresenta números mundiais mas não autoriza que as suas filiais divulguem os seus resultados concretos.
Hugo Abreu indicou que a nuvem («cloud») representa 5% do volume de negócios em Portugal (7% a 8% a nível mundial) mas no negócio de aplicações da Oracle Portugal cerca de 90% é feito na cloud, em regime de Software as a Service (SaaS).
Adiantou que a Oracle tem uma presença significativa na Administração Pública portuguesa, que representa 30 a 35% das receitas da Oracle no país e onde continua a ganhar quota de mercado.
O director-geral da Oracle Portugal afirmou não dispor de números sobre o impacto da reactivação do SIMPLEX no negócio das tecnologias em Portugal, mas assinalou que a tecnologia é a principal alavanca para implementar muitas das medidas do SIMPLEX, ainda que também contem as medidas de reorganização e gestão da administração pública.
Hugo Abreu precisou que vamos continuar durante alguns anos a viver no modelo de negócio tradicional, que representará a maioria das receitas, ainda que o negócio «cloud» cresça a taxas muito superiores, e destacou que a nuvem permite às pequenas e médias empresas (PME) ter acesso a tecnologias a que até agora apenas as grandes organizações conseguiam aceder.
Destacou que há um ou dois anos quando se falava de «cloud» vinha logo o «papão da segurança», hoje isso não acontece, ainda que as empresas continuem a ter preocupações de segurança.
Observou que as empresas estão a levar a sério a questão da segurança e não fazem depender apenas dos custos a implementação de soluções de segurança.
Hugo Abreu indicou que o volume de negócios da multinacional Oracle cresceu 2% (a taxas de câmbio constantes), para 37 047 milhões de dólares (33 468 milhões de euros) , com aumento de 40% no negócio «cloud», que mais do que compensou a quebra de 10% a 11% no negócio tradicional.