Mais de metade dos que instalam apps não lêem contrato licença

Publicado em 26/03/2016 00:40 em Destaques

A maioria dos internautas móveis instala aplicações sem consciência das possíveis consequências e mais de metade não lê os contratos de licença antes de instalar uma aplicação, segundo um estudo da firma de segurança Kaspersky, que inquiriu 18 507 pessoas sobre hábitos de utilização da Internet.

A companhia russa estima que um em cada cinco utilizadores renuncia à sua privacidade quando instala uma nova aplicação.

O estudo revela que 63% dos utilizadores não presta atenção ao ler o contrato de licença antes de instalar uma aplicação nos seus dispositivos móveis e que um em cada cinco limita-se a clicar em seguinte ou importar e depois em instalar.

A Kaspersky salienta que quando os utilizadores não lêem o contrato de licença estão a aceitar todas as condições desse contrato, que muitas vezes incluem o acesso a dados pessoais, aos contactos, às fotografias, à localização e a outros ficheiros, e inclusivamente o direito de alterar a configuração do sistema, de forma perfeitamente legal uma vez que o utilizador, por incúria, expressou a sua concordância com essas práticas.

O estudo indica que 15% dos inquiridos não estabelecem limites ao que as aplicações podem fazer no seu telemóvel, 17% atribuem permissões de que mais tarde se esquecem e 11% desconhecem que é possível alterar permissões.

A Kaspesky recorda que os dispositivos móveis contêm informação sensível acerca do utilizador e da sua vida, como contactos, mensagens privadas, fotografias, etc, o que significa que se o utilizador não assegura que a sua informação está a salvo o dispositivo móvel pode tornar-se num inimigo digital.

E ao não verificarem os contratos de licença, podem estar a dar, sem consciência disso, permissão às aplicações para aceder aos seus dados privados, saberem em cada momento onde o utilizador está, ver tudo o que o dispositivo contém, instalar novas aplicações e alterar a configuração do smartphone ou tablet.

A Kaspersky aconselha os proprietários de dispositivos móveis a apenas descarregarem aplicações de fontes fiáveis, seleccionarem com prudência as instalações que desejam instalar, lerem cuidadosamente o contrato de licença antes da instalação, verificando bem as permissões nela incluídas e terem uma solução de segurança instalada no dispositivo.

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