O preço é o principal critério determinante da escolha de um smartphone em Portugal, surgindo a seguir a qualidade e em terceiro lugar o sistema operativo, segundo uma sondagem realizada para a fabricante de telemóveis BQ pela empresa de estudos de mercado GfK.
O relatório revela que Portugal é o país europeu entre os estudados onde o preço médio de compra dos smartphones é mais baixo, de 222 euros, sendo a média europeia de 296 euros.
No Reino Unido, o preço médio de compra de smartphones equivale a 354 euros, na Suécia a 333 euros, na Itália custa em média 327 euros, na Suíça equivale a 326 euros, na Alemanha o preço médio de compra é de 290 euros, na Áustria de 288 euros, em Espanha de 276 euros e em França de 247 euros, de acordo com o estudo GfK para a BQ, realizado em nove países europeus.
Cerca de metade dos portugueses consideram que têm um smartphone de gama média.
Mais de quatro quintos (86%) dos portugueses valorizam a qualidade da bateria e o inquérito revela que as mulheres valorizam mais a câmara fotográfica e os homens mais a marca. A importância do serviço pós-venda é também bastante destacada.
Sobre os benefícios dos smartphones, 80% dos portugueses falaram do acesso à Internet, 70% das comunicações, 69% do correio electrónico e 66% da câmara fotográfica.
Mas o principal uso que os portugueses dão aos smartphones é a realização de chamadas telefónicas, citado por 86%.
Quase um quarto (24%) dos suecos fazem pagamentos com smartphones, assim como 23% dos ingleses e 22% dos italianos, mas as percentagens reduzem-se para 18% entre os franceses, 17% nos alemães, 16% nos austríacos e 15% nos suíços e espanhóis.
Os portugueses são os que menos pagamentos fazem usando smartphones, com a percentagem a ficar-se pelos 13%.
O estudo GfK/BQ adianta que os homens e os menores de 35 anos são os que mais compram telefones móveis livres de operador.
Franceses, portugueses e suíços são os que mais compram telemóveis bloqueados a operadores, enquanto os alemães, espanhóis e italianos são os que mais adquirem smartphones livres de operador.
Dos 15 aos 35 anos o sistema operativo assume maior importância para os portugueses, dos 36 aos 55 anos a qualidade, a boa experiência prévia e a câmara são os factores mais relevantes e os maiores de 56 anos valorizam a cobertura de quarta geração (4G).
Dos portugueses inquiridos pela GfK para o estudo da BQ, 63% dedicam mais de duas horas diárias ao telemóvel e 55% dos entrevistados têm o seu maior tempo de utilização em casa.
As mulheres dedicam mais tempo ao telemóvel do que os homens e os mais jovens utilizam-nos mais intensivamente do que os mais velhos.
Os suecos (média de três horas diárias) e os portugueses (duas a três horas por dia) são os que consomem mais tempo com os seus smartphones, enquanto os franceses e ingleses são os que menos tempo desperdiçam com os smartphones (menos de uma hora).
Em todos os países incluídos no estudo, o facto de criar dependência é apontado como o aspecto mais negativo no uso de telemóveis.
A BQ é uma companhia espanhola de electrónica de consumo e desenvolvimento de software que está presente em mais de meia centena de países.