O download de aplicações móveis deverá exceder em 2015 os 235 mil milhões, um crescimento de cerca de 28%, impulsionado pela procura do mercado chinês, que no ano passado representou quase 60% dos downloads mundiais, estima a Juniper Research.
O relatório da Juniper adianta que os fornecedores locais de aplicações beneficiaram da quase exclusão na China da Google Play, a loja online de aplicações do Google.
Acrescenta que a loja de aplicações da Baidu, o maior motor de busca chinês, eclipsou a Apple App Store e é hoje o segundo maior em número de downloads.
No entanto, a Juniper sublinha que, em termos de receitas de vendas de aplicações, a China está muito longe dos Estados Unidos ou do Japão, observando que a receita media por aplicação no Japão é 14 vezes superiores à da China e nos Estados Unidos nove vezes maior.
Contudo, apenas 12% das aplicações importadas por Internet são pagas.
Os jogos são as aplicações mais importadas e é este o sector mais lucrativo das apps móveis, tanto nos mercados desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, verificando-se uma forte migração das consolas portáteis para outros dispositivos móveis e um continuado crescimento do «social gaming», acrescenta a Juniper.
Entretanto, um estudo do fabricante de redes de comunicações móveis Ericsson garante que cinco aplicações geram a maioria do tráfego móvel de dados.
O «Ericsson Mobility Report» estima que dois terços do tráfego móvel tem origem em cinco aplicações, com o streaming de vídeo e as redes sociais a dominarem.
Com base em dados de Dezembro passado, o Facebook foi a app líder, enquanto nos Estados Unidos as aplicações Netflix e You Tube estavam no top três e na Coreia do Sul a Afreeca TV, uma app de televisão peer-to-peer, e o portal sul-coreano NAVER tiveram lugar de destaque.
O fabricante sueco estima que o tráfego total de vídeo nas redes móveis nos próximos seis anos será 17 vezes superior ao registado nos últimos seis, uma aceleração explicável pelo aumento do número de dispositivos móveis com capacidade para reproduzir vídeos e pelo aumento das dimensões e qualidade de imagem dos ecrãs.
O vídeo móvel é o principal responsável pelo crescimento do tráfego móvel de dados, que deverá aumentar 45% ao ano até 2020.
A Ericsson sublinha que em 2014 registaram-se 800 milhões de novos utilizadores de smartphones, atingindo um total acumulado de 2,7 mil milhões, um aumento de 40% face às 1,9 mil milhões de assinaturas existentes no fim de 2013.
No quarto trimestre do ano passado registaram-se 110 milhões de utilizadores de tecnologias de quarta geração LTE, igualando pela primeira vez o número de adesões às tecnologias móveis de terceira geração (3G).
A Ericsson garante que a televisão tradicional está a perder espectadores, verificando-se um acréscimo de pessoas que preferem os serviços de streaming, com a disseminação da tecnologia móvel de quarta geração e a cada vez maior utilização de tablets e smartphones a estar na origem da alteração do comportamento dos consumidores.