Portugal mal cotado nos sectores de alta e média-alta tecnologia

Publicado em 22/05/2014 00:24 em Destaques

Portugal é está em 15.º lugar entre 18 países europeus no indicador do peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB) dos sectores de alta e média-alta tecnologia no VAB total das empresas não financeiras, não indo além dos 13,4%, segundo dados do INE.

Em 2012 os sectores de alta e média-alta tecnologia representavam 3,1% do total de sociedades não financeiras e 12,0% do VAB total dessas sociedades, de acordo com o INE, que sublinha ser esta uma das áreas reconhecidamente importantes para a análise das potencialidades de crescimento e de competitividade das economias.

Os sectores de alta e média-alta tecnologia têm um perfil exportador mais elevado do que a média das sociedades não financeiras e têm maior proporção de sociedades de elevado crescimento.

Curiosamente, o número de empresas das indústrias de alta tecnologia e das indústrias de média-alta tecnologia reduziram-se no triénio 2010/2012 e o número das firmas dos serviços intensivos em conhecimentos de alta tecnologia aumentou.

Em 2010 havia 382 empresas de indústrias de alta tecnologia, número que se reduziu até 360 em 2012, e no mesmo período o número de indústrias de média-alta tecnologia baixou de 3 372 para 3 257, indica o Instituto Nacional de Estatística.

Em contrapartida, entre 2010 e 2012 o número de companhias de serviços intensivos em conhecimento de alta tecnologia aumentou de 6 529 para 7 515, acrescenta.

O INE revela que 38,8% das empresas dos sectores de alta e média-alta tecnologia são filiais de empresas estrangeiras, enquanto só menos de um quinto das sociedades não financeiras pertencem a companhias estrangeiras.

A percentagem de filiais de empresas estrangeiras eleva-se a 45% nas indústrias de alta tecnologia e a 56,9% nas indústrias de média-alta tecnologia, mas nos serviços intensivos em conhecimento representa pouco mais de um quarto (25,4%).

A remuneração média das sociedades não financeiras era em 2012 de 986 euros mas nos sectores de média e média-alta tecnologia elevava-se a 1 449 euros.

O INE revela que a remuneração média era de 1 204 euros nas indústrias de média alta tecnologia, 1 468 euros nas indústrias de alta tecnologia e 1 764 euros nos serviços intensivos em conhecimento de alta tecnologia.

Em 2012, as empresas de consultoria e programação informática representavam 60,7% do total das companhias dos serviços intensivos em conhecimento mas apenas 29,7% do VAB, enquanto as companhias de telecomunicações, representando 6,9% do número total, geravam 57,7% do VAB, com as cinco maiores empresas e representarem quase 90% do VAB das telecomunicações, adianta o INE.

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