ZON OPTIMUS quer quota de mercado próxima 30% em 2018

Publicado em 01/03/2014 00:40 em Destaques

A ZON OPTIMUS pretende chegar a uma quota de 29 a 30% do mercado de telecomunicações em 2018, que compara com 25% em 2012, anunciou Miguel Almeida, CEO (presidente executivo) da companhia.

Falando no «Strategy Day 2014», que hoje decorreu em Lisboa, Miguel Almeida assinalou que até 2018 espera um crescimento de 3 pontos percentuais (pp) a 5pp no consumo relativamente aos 33% de quota de 2012 e um aumento de 5pp a 6pp na área empresarial, face aos 17% de 2012.

O administrador Manuel Ramalho Eanes precisou que a que a quota de mercado de telecomunicações empresariais da ZON OPTIMUS é hoje de 11% nas grandes empresas e 25% nas pequenas e médias (PME).

Miguel Almeida destacou que a ZON OPTIMUS é hoje o segundo maior operador português de telecomunicações mas, embora a distância face ao incumbente [PT] não permita esperar a liderança em número de clientes e receitas, o operador «tem a ambição clara» de liderar na inovação, na tecnologia e na qualidade do serviço.

Indicou que a companhia está focada e tem como prioridade o reforço da sua posição competitiva e o crescimento no mercado português, mas a prazo pretende aproveitar a sua «história de sucesso» com a ZAPP, sua participada nos mercados angolano e moçambicano para procurar oportunidades de investimento em mercados externos, através de parcerias locais e/ou internacionais.

No entanto, Miguel Almeida garantiu que não estão ainda definidos mercados alvo para a expansão internacional porque a prioridade hoje é o reforço da posição no mercado português.

Miguel Almeida revelou que ZON OPTIMUS vai lançar uma marca única para toda a sua oferta, abandonando a actual dupla marca (ZON e Optimus).

José Pereira da Costa, administrador executivo para a área financeira (CFO), adiantou que a fusão da ZON com a Optimus deverá gerar sinergias da ordem dos 800 milhões de euros, em despesas de capital (CAPEX, investimento) e operacionais (OPEX), concentrando-se metade das poupanças na infra-estrutura de rede (26%) e nas tecnologias e sistemas de informação (24%).

O CEO e o CFO da empresa indicaram que as equipas oriundas das duas empresas que se fundiram já estão «plenamente integradas».

O CEO afirmou que «nas áreas de redundância teve de ser ajustar a estrutura», mas sublinhou que a ZON OPTIMUS tem hoje mais de 2 mil trabalhadores e os que saíram não chegaram a uma centena, garantindo que a empresa está a recrutar pessoal para a área de vendas, quer internamente, quer através de parceiros.

Os responsáveis da empresa indicaram que o CAPEX deverá descer para 260 milhões de euros este ano (270 milhões em 2013) e estabilizar em cerca de 245 milhões de euros entre 2015 e 2018 e indicaram que nos próximos dois anos a companhia vai investir em fibra óptica até casa (FTTH) e chegar a um maior número de clientes.

O CFO, Pereira da Costa, indicou que o CAPEX na extensão da rede andará entre os 150 milhões e os 200 milhões de euros, com o retorno do investimento previsto para um prazo de cinco a sete anos.

O CEO assinalou que tanto a tecnologia de fibra óptica como a de cabo coaxial são importantes e o administrador Miguel Martins adiantou que o cabo coaxial representará cerca de metade do investimento e o FTTH vai principalmente para onde ainda não existe rede.

Miguel Almeida sublinhou que a expansão da rede visa manter a liderança na televisão por subscrição e chegar ao maior número possível de clientes e deverá ocorrer em zonas adjacentes às actualmente cobertas pela rede de cabo e em novas zonas do litoral e interior que não estão ainda cobertas.

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