Critical Software espera aumento receitas 30% em 2014

Publicado em 20/02/2014 00:05 em Destaques

A tecnológica portuguesa Critical Software teve um volume de negócios de 22 milhões de euros em 2013, um aumento de 6%, e espera crescer até 30% este ano, para uma facturação de 27 milhões de euros, revelou hoje Marco Costa, CEO da empresa.

Em encontro com jornalistas, Marco Costa indicou que o negócio internacional representou no ano passado cerca de quatro quintos da facturação. A África (Angola e Moçambique) teve no ano passado um peso superior a 15% da facturação e tem potencial para aumentar.

A área do espaço, aeronáutica e defesa representou 35% da facturação, o sector financeiro 15% e a energia também 15%, revelou o CEO, observando que nos 15 anos de actividade da tecnológica de Coimbra a estratégia foi sempre de diversificação dos sectores em que actua para reduzir o risco.

Os lucros da Critical Software situaram-se acima dos 300 mil euros, precisou.

Marco Costa indicou que as encomendas cresceram 70% no ano passado, para 26,3 milhões de euros, com acréscimos de 60% na Europa, 135% em África e 240% no Brasil, e deverão aumentar 20% este ano, para 32,5 milhões de euros.

Adiantou que o foco é no crescimento orgânico mas isso não significa que a empresa não possa analisar oportunidades de aquisições.

O crescimento da actividade e a aposta no estrangeiro explicam o acréscimo de 90 trabalhadores no ano passado, para um total de 360 empregados e os responsáveis da companhia esperam contratar mais meia centena no ano em curso, alguns deles já admitidos, revelou Marco Costa.

Destacou o forte investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em 2013, um pouco em contraciclo e que representou mais de 10% do volume de negócios, enquanto em 2014 o investimento em inovação e em desenvolvimento de novos produtos deverá situar-se igualmente em cerca de 10% da facturação, uma percentagem que «é para manter».

O CEO da Critical considerou que há muito espaço para crescer na actividade internacional mas afastou a instalação em novos países este ano, sendo a opção consolidar a presença nos países onde tem subsidiárias (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Brasil, Angola e Moçambique).

Salientou que a Critical tem equipas de engenharia em todos aqueles países, incluindo um centro de excelência com cerca de meia centena de pessoas no Reino Unido, mas as equipas de desenvolvimento de software estão baseadas nas instalações da companhia em Coimbra, Lisboa e Porto.

Marco Costa destacou que a Critical desenvolveu em 2013 três novos produtos tecnológicos, um dos quais chegou ao mercado já este ano, nas áreas de sistemas de gestão de energias renováveis, de sistemas de apoio e informação a operações marítimas e de soluções para edifícios inteligentes.

Marco Costa apresentou hoje o novo logótipo da empresa, em tonalidades de vermelho, sublinhando que ao fim de 15 anos a gestão considerou necessário renovar a imagem da companhia.

Gonçalo Quadros, presidente e fundador da Critical Software, destacou o lançamento de sete «start-ups» apoiadas pelo fundo de investimento do grupo e que fazem parte do grupo Critical mas têm equipas independentes.

Explicou que a estratégia é focar as equipas numa tecnologia e produto para maximizar as suas hipóteses de serem bem sucedidas, apostando sempre no desenvolvimento de projectos que têm sinergias com o grupo e se enquadrem no ecossistema Critical.

Observou que o grupo Critical «tem uma visão muito clara de centrar a sua actividade na produção de tecnologias».

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