A penetração dos serviços de telecomunicações em Portugal, que incluem o «triple play» (televisão, Internet e telefone) era de 49% em Março de 2013, acima dos 45% de média da União Europeia (UE), indica a ANACOM.
Numa nota de imprensa, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) indica que o pacote duplo, composto por telefone e Internet, era o mais comum na UE, com uma penetração de 14%, seguido pelo «triple Play», com 12%.
Contudo, um estudo da ANACOM indica que quase três quartos (73%) dos pacotes de telecomunicações em Portugal eram «triple play», representando os pacotes duplos de televisão e telefone 18% e os de telefone fixo e Internet 6%.
O regulador português de telecomunicações afirma que a esmagadora maioria dos inquiridos no estudo valorizou a contratualização de pacotes de telecomunicações pela simplicidade, por terem uma factura única e por saírem mais baratos do que a subscrição autónoma dos serviços.
O estudo da ANACOM observou uma redução dos preços médios dos pacotes de serviços entre 2009 e 2012, que se poderá dever ao aumento da diversidade de pacotes e ao crescimento da concorrência, sendo compensado pelo aumento dos períodos de fidelização aos operadores.
O telefone fixo é o serviço menos valorizado pelos utilizadores e 13% dizem mesmo que não o subscreveriam isoladamente. A ANACOM afirma que isto sugere que alguns inquiridos poderão estar a adquirir serviços de que não tinham muita necessidade.
Mudaram de prestador de serviços nos últimos 12 meses 8% dos inquiridos e 17% disseram ter ponderado a mudança mas não a concretizaram. Uma elevada proporção dos que não chegaram a mudar de operador indicaram que o prestador de serviços desceu o preço da oferta sem alterar os serviços contratados.
A ANACOM destaca que muitos consumidores não têm consciência da existência de períodos de fidelização e de outras condições contratuais.
A ANACOM não o indica na nota de imprensa mas verificou-se aparentemente um aumento da subscrição da televisão paga, geralmente em pacotes, com o lançamento da TDT – Televisão Digital Terrestre, que garante uma cobertura do país bastante inferior à que tinha anteriormente a televisão analógica.
Outro factor que poderá pesar na maior adesão a pacotes de serviços em Portugal é o reduzidíssimo número de canais em sinal aberto – os quatro generalistas – ao contrário do que geralmente acontece na Europa Ocidental.