O Google solicitou ao Procurador-geral dos Estados Unidos e ao FBI autorização para divulgar no seu relatório de transparência números agregados dos pedidos da segurança nacional, incluindo os feitos ao abrigo do «Foreign Intelligence Surveillance Act» (FISA).
Em carta dirigida pelo administrador do Google com o pelouro jurídico, David Drummond, àquelas entidades, a multinacional pede para divulgar tanto os números desses pedidos como o seu alcance, e considera que «a transparência serve o interesse público sem lesar a segurança nacional» [dos Estados Unidos].
A carta do responsável jurídico do Google segue-se à denúncia feita por Edward Snowdown, analista de sistemas ligado aos serviços secretos dos Estados Unidos, da existência do PRISM, um programa de vigilância da NSA (National Security Agency) em larga escala que abrangeria o que é publicado no Google, Facebook, You Tube, Skype, Microsoft, Hotmail, Yahoo e outros, além da vigilância indiscriminada de telefonemas que passam por diversos operadores norte-americanos.
Esta revelação de violação de biliões de mensagens de muito milhões de pessoas de todo o mundo, publicada inicialmente pelo jornal Guardian, gerou um movimento de preocupação em todo o mundo.
A carta do Google salienta que a companhia trabalhou arduamente nos últimos 15 anos para obter a confiança dos utilizadores, garante que contratou dos melhores engenheiros de segurança do mundo e tem consistentemente recusado pedidos alargados do governo sobre dados dos utilizadores.
O Google sublinha, contudo, que cumpre os pedidos de informação legalmente válidos mas assegura que «são completamente falsas» as alegações de que daria acesso indiscriminado aos dados dos seus clientes.