Portáteis ultrafinos a menos de 200 dólares: sonho ou realidade?

Publicado em 03/06/2013 00:18 em Destaques

Os portáteis ultrafinos, que hoje custam acima de 600 dólares, poderão vir a estar disponíveis para os consumidores por menos de 200 dólares, pergunta Craig Stice, analista da IHS iSuppli, e acrescenta: «a espantosa resposta parece ser sim».

A IHS, numa análise de mercado, afirma que o gigante dos microprocessadores Intel poderá desejar baixar os preços dos seus componentes para os fabricantes de computadores.

Acrescenta que um preço tão baixo parece inverosímil numa altura em que os ultrabooks (um conceito Intel de portáteis ultrafinos, ultraleves e de elevado desempenho) e outros portáteis ultrafinos ainda custam a partir de mil dólares.

Stice recorda, contudo, há poucos anos os «netbooks» (pequenos portáteis vocacionados para a Internet) atingiram o mínimo de 200 dólares e uma análise de custos mostra como portáteis ultrafinos sem extras podem chegar a esse nível de preços.

Acrescenta que um factor chave para que isso possa acontecer é a Intel, que pode controlar até um terço dos custos totais dos materiais para fabrico de um computador, designadamente processadores e «motherboards».

A IHS afirma que se a Intel decidir baixar os preços desses componentes, os preços dos computadores poderão baixar no retalho.

Observa que a feroz competição no mercado de PC implica que basta um fabricante baixar os preços para os restantes serem obrigados a curto prazo a seguir a mesma tendência.

A IHS destaca que a próxima geração de processadores Atom, da Intel, designados «Bay Trail», têm a potencialidade de fornecer um aumento de desempenho que diferenciaria os novos portáteis ultrafinos dos antigos «netbooks».

Essa gama de portáteis ultrafinos, ainda que sem o elevado desempenho dos «ultrabooks», permitiria à indústria de PC competir com os tablets.

A IHS salienta que muito depende do «Bay Trail», que a Intel diz que passará de processadores «dual-core» para «quad-core» para garantir melhor desempenho.

A IHS sustenta que se a indústria de computadores for capaz de descer os preços de computadores até aos 200 dólares e se o processador «Bail Trail» tiver o desempenho anunciado, essa pode ser a «faísca» que permitirá ao mercado de portáteis concorrer com rivais como os tablets ou smartphones.

Craig Stice observa que, para além das opções da Intel, os fabricantes de PC também precisam de encontrar o caminho para atingirem o patamar mágico dos 200 dólares, esmagando margens para permitir maiores volumes de vendas.

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