O jornal New York Times indica que uma investigação do Congresso dos Estados Unidos concluiu que a Apple terá evitado pagar muitos milhões de dólares de impostos no seu país utilizando uma complexa rede de subsidiárias por todo o mundo.
No entanto, os investigadores não acusaram até ao momento a companhia da marca da maçã de ter violado qualquer lei.
Num artigo de Nelson Schwartz, o diário nova-iorquino, citando a investigação do Congresso, afirma que algumas dessas subsidiárias não tinham nenhum trabalhador e eram operadas por altos responsáveis da companhia a partir da sua sede em Cupertino, na Califórnia.
Acrescenta que localizando essas filiais em países como a Irlanda, a Apple conseguiu isenções ou níveis muito baixos de impostos.
Segundo o diário norte-americano, o senador democrata Carl Levin, presidente do subcomité de investigações do Senado, afirmou que a Apple não se satisfez em mudar os seus lucros para paraísos fiscais de baixa tributação, tentou evitar o pagamento de impostos criando holdings em offshores.
John McCain, senador republicano, afirma que a Apple diz ser a empresa que mais impostos paga nos Estados Unidos, mas estará também entre as que mais os evitam pagar.
Os investigadores estimam que entre 2009 e 2012 a Apple terá evitado pagar ao Tesouro dos Estados Unidos pelo menos 74 mil milhões de dólares (mais de 57 mil milhões de euros).
O jornal afirma que o dinheiro continua no estrangeiro mas a Apple poderá ter de pagar imposto nos Estados Unidos se o dinheiro voltar ao país.
O New York Times recorda que várias multinacionais usam complexas estruturas corporativas para as suas estratégias de evitar pagar impostos e salienta que nos últimos meses autoridades europeias apontaram o dedo ao Google, Amazon e Starbucks por práticas do mesmo tipo.
A Apple recusou comentar esta questão.