O volume de negócios da SAP Portugal aumentou 5% em 2012, para 57,25 milhões de euros, garantindo o terceiro ano consecutivo de crescimento, anunciou o director geral, Paulo Carvalho.
Em encontro com os jornalistas nos 20 anos de presença directa em Portugal da multinacional alemã líder em software de gestão para empresas, Paulo Carvalho assinalou que as novas áreas de aposta estratégica da SAP, as bases de dados e a mobilidade, representaram no ano passado 24% das receitas da SAP em Portugal.
Observou que as bases de dados representaram em 2012 um quarto das receitas de novos contratos de software.
O software ERP (Planeamento de Recursos Empresariais), uma área tradicional de actividade da SAP, representou um terço das receitas no ano passado, precisou.
Paulo Carvalho assinalou que o Centro de Serviços da SAP em Portugal, que iniciou a actividade no fim do primeiro semestre de 2012, é um projecto a longo prazo, está a trabalhar com mercados maduros e a sua actividade destina-se na quase totalidade (em 90%) à exportação.
Indicou que o Centro de Serviços tem actualmente sete dezenas de trabalhadores, altamente qualificados, ainda abaixo da estimativa da centena de empregados prevista para o fim do ano passado, mas garantiu que até ao fim do ano o emprego naquele centro vai continuar a crescer.
No total, a SAP emprega actualmente 155 trabalhadores em Portugal, precisou Paulo Carvalho.
O director-geral em Portugal não quis avançar números sobre a actividade do Centro de Serviços, indicando apenas que sem essa unidade as receitas da SAP Portugal teriam crescido 2,8%.
Fazendo contas ao volume de negócios de 2011 (54,5 milhões de euros), 2,2 pontos percentuais de contribuição para o crescimento em 2012 significam uma facturação que ronda 1,2 milhões de euros. Tendo em conta que a SAP prevê triplicar em 2013 a facturação do Centro de Serviços, tal deverá significar receitas da ordem dos 3,5 milhões de euros ou mais, segundo cálculos do Falar de Tecnologia.
Paulo Carvalho admitiu que tem sido difícil fazer face à conjuntura e que o investimento das empresas em tecnologias da informação (TI) é cada vez mais rigoroso e criterioso, mas observou que, se as firmas praticamente pararam o investimento em infra estruturas tecnológicas, mantém-se um espaço para as empresas evoluírem nos processos de negócios através de TI, nomeadamente de software.
O responsável da SAP Portugal salientou que um factor de crescimento muito importante no ano passado foi a nova plataforma SAP HANA, absolutamente central na estratégia global da multinacional e o lançamento mais importante desde o SAP R3 nos anos noventa.
Para 2013, Paulo Carvalho tem como objectivo atingir um volume de negócios recorde em Portugal, o que significa ultrapassar os 60,1 milhões de euros facturados em 2008, o anterior recorde para a SAP Portugal.
Indicou que o aumento de volume de negócios no ano em curso deverá estar centrado no SAP HANA, na mobilidade e na nuvem («cloud»), além do acréscimo de actividade do Centro de Serviços.
Paulo Carvalho indicou que a SAP tem 4 800 empresas a usar o seu software em Portugal, além de vários clientes da administração pública, e indicou que o negócio da companhia no sector público se tem mantido em 12% a 13% do total.
Observou que grande parte do negócio da SAP em Portugal é licenciamento de software, vindo o restante de consultoria, formação e, desde 2012, do Centro de Serviços.
O director-geral em Portugal revelou que no ano passado a meia centena de parceiros em Portugal representaram cerca de 40% do negócio da SAP e previu que essa quota fique em 2013 entre 35 e 40%, indicando que o aumento da participação dos parceiros no negócio é um objectivo da multinacional.