308 milhões dispositivos móveis inteligentes vendidos I trimestre

308 milhões dispositivos móveis inteligentes vendidos I trimestrePublicado em 15/05/2013 22:43 em Destaques

As vendas mundiais de dispositivo móveis inteligentes ascenderam a 308,75 milhões no primeiro trimestre de 2013, um crescimento homólogo de 37,4%, estima a consultora e analista de mercados Canalys.

A consultora indica que mais de metade (59,5%) dos dispositivos inteligentes vendidos nos três primeiros meses de 2013 tinham sistema operativo Android, num total de 183,7 milhões, 19,3% plataforma iOS (da Apple), totalizando 59,59 milhões de unidades, e a Microsoft conseguiu 18,1%, com 55,88 milhões de unidades.

A Canalys sublinha que o segmento de tablets foi o que mais cresceu nos três primeiros meses do ano em curso, mais do que duplicando as vendas, com um acréscimo homólogo (face ao mesmo período do ano anterior) de 106,1%, para 41,9 milhões de terminais.

A Apple continuou a liderar o mercado de tablets, com uma quota de mercado de 46,4%, apesar de estar a perder peso no mercado para o sistema operativo Android (utilizado pela maioria dos fabricantes) pelo terceiro ano consecutivo.

Tim Coulling, analista sénior da Canalys, afirma que, liderado pela Google e Amazon, o segmento de tablets teve uma difusão muito mais rápida do que o dos computadores pessoais.

«As margens de negócio [dos tablets] foram esmagadas e os fabricantes, sem uma estrutura de baixos custos, têm dificuldade em competir. Uma sólida gama de acessórios indispensáveis e uma estratégia de software e serviços são vitais quando os vendedores precisam crescentemente de angariar receitas com base nos seus dispositivos», acrescenta Coulling.

A Canalys indica que as vendas de smartphones cresceram 47,9% homólogos no primeiro trimestre, para mais de 216,3 milhões de unidades, com o sistema operativo Android a deter mais de três quartos (75,6%) de um mercado dominado pela sul-coreana Samsung, com uma quota superior a 32% e um aumento de 64,3% nas vendas.

O iPhone apresentou um crescimento homólogo modesto, de 6,7%, o mais baixo desde o lançamento dos smartphones da marca da maçã, em 2007, observa a consultora.

Pete Cunningham, analista principal da Canalys, observa que, apesar do fraco crescimento, a Apple ainda vendeu 37 milhões de smartphones mas precisa de responder aos lançamentos da Samsung e HTC com um novo iPhone.

«O interface de utilizador do iPhone tem seis anos e precisa de ser renovado. O maior dilema que a Apple enfrenta é o que fazer com a dimensão do ecrã no próximo iPhone. Não pode ignorar a tendência para ecrãs maiores em smartphones ‘premium’», observa Cunningham, sublinhando que espera um aumento em relação às 4 polegadas do iPhone 5.

A Huawei, LG e ZTE completam o lote dos cinco maiores fabricantes de smartphones, mas todos com quotas de mercado abaixo de 5%, observa a Canalys. Indica que a Huawei e ZTE beneficiam das suas vendas na República Popular da China, o seu mercado doméstico, que representam, respectivamente, 84% e 71% das vendas totais daquelas marcas chinesas.

As vendas mundiais de portáteis totalizaram 50,5 milhões de unidades no primeiro trimestre, uma redução homóloga de 13,1%, com o maior recuo na Europa Ocidental, que registou uma queda de 25,2%.

Pin-Chen Tang, analista da Canalys, salienta que nesta queda do mercado de portáteis, para além do ambiente macro-económico, não se pode subestimar o impacto dos tablets e alerta para que se a Intel e a Microsoft falam seriamente quando dizem querer capitalizar o crescimento explosivo das vendas de tablets, ambos precisam de assegurar que os fabricantes que optarem pelos seus produtos conseguem preços competitivos.

Segundo a Canalys, o mercado conjunto de smartphones, tablets e portáteis foi dominado pela Samsung no primeiro trimestre, com vendas de 82,15 milhões de unidades e uma quota de 26,6%, seguido pela Apple, com 59,56 milhões de máquinas e um peso de 19,3%.

Seguem-se a Lenovo (vendas de 15,33 milhões de unidades e quota de 5,0%), a Sony (9,83 milhões de máquinas e 3,2% de quota) e a Huawei (9,70 milhões de unidades e quota de 3,1%).

Os restantes fabricantes, que não fazem parte dos cinco maiores, dividem 42,8% do mercado e produziram 132,19 milhões de dispositivos móveis inteligentes, adianta a Canalys.

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