Os downloads de aplicações móveis duplicaram em 2012, para cerca de 60 mil milhões, indica a consultora e analista de mercados Berg Insight.
No seu relatório «Mercado de aplicações móveis», a consultora recorda que durante cerca de uma década as aplicações e outros conteúdos para telemóveis eram principalmente geridos pelos operadores de redes móveis, o que era pouco atractivo para os programadores.
O surgimento da Apple App Store, uma loja online centrada nos dispositivos da marca, onde era fácil encontrar aplicações para o terminal e com um modelo de negócio simplificado para os desenvolvedores, marcou uma disrupção no mercado das aplicações móveis, observa.
A Berg Insight recorda que o êxito foi imediato e na sua primeira semana de funcionamento a loja da Apple atingiu os 10 milhões de downloads.
Hoje o mercado de aplicações móveis é dominado por detentores de sistemas operativos móveis, como a Apple (iOS), Google (Android), Microsoft (Windows Phone) ou BlackBerry, e fabricantes de terminais móveis, como a BlackBerry, Samsung ou Nokia.
A consultora salienta que os serviços e as aplicações móveis influenciam hoje em muitos casos a escolha do telemóvel a comprar e o ecossistema de aplicações móveis prosperou, gera receitas para os programadores e cria valor para os utilizadores.
A Berg indica que os downloads de aplicações móveis foram cerca de 30 mil milhões em 2011, duplicaram no ano passado e deverão atingir os 108 mil milhões em 2017, ano em que 80% dos telemóveis vendidos serão smartphones.
Adianta que as aplicações móveis geraram receitas de 3,0 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) em 2011, cerca de 5,1 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros) no ano passado e 10,6 mil milhões de dólares (8,2 mil milhões de euros) em 2017, um crescimento anual composto de 15,8%.
A Apple App Store facturou 3,45 mil milhões de dólares (2,65 mil milhões de euros) em 2012 e deverá atingir 5,2 mil milhões de dólares (4,0 mil milhões de euros) em 2017, enquanto a Google Play (para Android) teve receitas de 900 milhões de dólares (692 milhões de euros) no ano passado e atingirá 2,5 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) cinco anos depois, segundo a Berg.
Em 2017, a Apple App Store e a Google Play representarão em conjunto mais de três quintos (62%) do negócio de aplicações móveis, assinala.
Por outro lado, o mercado publicitário ligado às aplicações móveis gerou 1,35 mil milhões de dólares (1,04 mil milhões de euros) em 2012 e poderá atingir os 3,5 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros) em 2017, prevê a Berg Insight, observando que a monetização das aplicações grátis está estreitamente ligada à publicidade.