A importância dada à segurança informática cresce com a idade e é mínima na geração dos 18 aos 25 anos (geração Y) e máxima na dos 56 aos 65 anos («baby boomers»), segundo um estudo da empresa de segurança Check Point.
O estudo, com base num inquérito online a 1 245 pessoas dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Austrália distribuídos por cinco faixas etárias, revela que 71% dos inquiridos não seguem as melhores práticas de segurança informática e que é na geração dos 56 aos 65 anos que se encontra quase metade (47%) a adoptar boas práticas.
Pelo contrário, na faixa etária mais baixa apenas 22% utiliza boas práticas de segurança e é esta a mais vulnerável aos ataques online.
A Check Point adianta que em média 28% dos inquiridos estão preocupados com a segurança informática, mas com percentagens de 20% na geração Y e na dos 26 a 35 anos, 32% na faixa etária dos 36 aos 45 anos, 34% na dos 46 aos 55 anos e 36% nos «baby boomers».
O relatório da Check Point indica que, nos últimos dois anos, 42% dos que pertencem à geração Y sofreram infecções por vírus nos seus computadores e 10% tiveram computadores ou contas controlados por piratas informáticos, que compara com 35% e 8%, respectivamente, na geração mais velha do estudo.
No total dos participantes e nas gerações mais jovem e mais velha não varia a percentagem (4%) dos que foram alvo de roubo de identidade e/ou de informação financeira.
No total, metade da faixa etária mais jovem teve problemas de segurança nos últimos dois anos, o que só aconteceu com 42% dos internautas de 56 a 65 anos.
Mais de quatro quintos (84%) dos inquiridos mantêm dados pessoais nos computadores, encontrando-se um máximo de 86% nas gerações dos 26 aos 35 e dos 46 aos 55 anos.
Entre as razões para não utilizarem mais software de segurança, 45% dos mais novos e 37% dos mais velhos citam o custo, 26% dos mais novos e 28% dos mais velhos acham que as funcionalidades de segurança do Windows são suficientes, 18% da geração Y e 16% dos «baby boomers» dizem que aqueles programas lentificam o computador e 12% em ambos os casos queixam-se de ter anteriormente tido problemas técnicos com software de segurança.
Há algum consenso nas cinco faixas etárias de que o software de segurança deveria ser gratuito.
A Check Point cita como as 10 boas práticas de segurança actualizar sempre o software, em particular o sistema operativo, ter cautela antes de clicar em ligações («links»), ajustar as protecções de privacidade, usar passwords seguras, com letras, números e símbolos, e usar sempre palavras passe únicas para os sítios mais importantes, como banca Internet.
Aconselha, ainda, a nunca desactivar o software de segurança quando se joga online, ter cuidado com o P2P (peer-to-pier) e com a instalação de software pirata, ter atenção aos ataques de engenharia social, nomeadamente os aparentemente mandados por pessoas conhecidas, escolher e filtrar os «amigos» de redes sociais com cuidado, só descarregar vídeos de fontes confiáveis, não instalar software a partir de sites de partilha de ficheiros e ter em conta que os vídeos descarregados da Internet nunca devem ser ficheiros executáveis.
Finalmente, a companhia diz que se deve ter cuidado com pontos de acesso Wi-Fi gratuitos, certificando-se de que são de um serviço legítimo, e recorda que aplicações como «hotspot shield» permitem estabelecer automaticamente uma rede privada virtual (VPN).
E sustenta que é essencial ter o software de segurança permanentemente actualizado para se ficar menos exposto a ataques maliciosos.