A Email Brokers, empresa especializada em campanhas de marketing por mail, abriu na cidade tecnológica de Paços de Ferreira uma filial que irá coordenar a operação ibérica e na América Latina, anunciou William Vande Wiele, fundador e CEO da companhia.
Em encontro com a imprensa realizado em Lisboa, Joel Machado, director-geral da filial em Portugal, apontou como objectivos de curto prazo estar presente em Espanha (no princípio do próximo ano) e no Brasil (até ao fim de 2013), prevendo que a filial nacional empregará três a quatro pessoas dentro de seis meses.
Indicou que o objectivo até 2015 é, numa segunda fase, a expansão para o resto da América Latina, com destaque para a Argentina e México.
Relativamente à possível entrada nos países africanos de língua portuguesa (PALOP), Joel Machado salientou que as redes de telecomunicações naqueles países ainda enfrentam alguns problemas e a Internet é lenta e com falhas, mas admitiu equacionar essa questão depois de 2015, concluídas as duas primeiras fases.
O director-geral da Email Brokers em Portugal adiantou que 99% da actividade da empresa é através da Internet, o que torna possível assegurar a partir de Paços de Ferreira a direcção da actividade operacional ibérica e na América Latina.
Indicou que os clientes alvo da Email Brokers são os anunciantes, as empresas que têm sítios Internet e quem quer criar e afirmar uma marca.
Joel Machado indicou que no primeiro ano de actividade em Portugal o objectivo será estruturar a empresa e ganhar reconhecimento e visibilidade.
O CEO da Email Brokers, William Wiele, destacou que o peso da economia Internet no PIB continua a crescer em todos os países da Europa e recordou que hoje qualquer pequena companhia pode estar presente na Internet, ao contrário do que acontecia quando para isso eram necessários orçamentos elevados.
«A Internet é neste momento uma verdadeira ferramenta económica, que está acessível às pequenas empresas e permite fazer mais com o mesmo orçamento», sustentou William Wiele.
«A Internet é uma ferramenta ‘low cost’ de grande eficácia», acrescentou.
Adiantou que o marketing na Internet se baseia no que o detentor de um determinado endereço de correio electrónico faz e gosta, independentemente de ser homem ou mulher, da idade ou da profissão, e observou que a Internet disponibiliza a informação de que os técnicos de marketing precisam.
William Wiele considerou que os sítios Internet portugueses têm pouca credibilidade porque frequentemente é difícil encontrar o endereço da entidade proprietária do sítio, o número de telefone e mesmo o endereço de correio electrónico, o número de identificação fiscal ou de pessoa colectiva e outros dados de registo legal.
O CEO da Mail Brockers observou que para a falta de credibilidade dos sítios portugueses contribui o facto de as autoridades do país não fiscalizarem o cumprimento das regras para o comércio electrónico e imporem esse cumprimento.
Sublinhou que as regras também existem em Portugal, mas na maioria dos outros países europeus quem não as cumpre é multado e tem um período curto para regularizar a situação, ao fim do qual o sítio pode ser encerrado.
William Wiele sublinhou que os internautas não são nacionalistas e procuram produtos bons, com melhor preço e disponíveis em sítios credíveis, mas nos países onde os sítios de comércio electrónico suscitam confiança a esmagadora maioria compra em lojas online do seu próprio país.
Observou que 90% dos portugueses realizam as compras online em sítios de empresas estrangeiras.
Indicou que o sistema «Pay Pal» é o meio de pagamento utilizado por mais de 90% dos internautas portugueses.
Para William Wiele, o maior problema dos sítios Internet portugueses é a credibilidade e o segundo a falta de actualização regular dos conteúdos dos sítios, embora Portugal seja o terceiro melhor país em tecnologia dos «Websites», a seguir à Suécia e à Finlândia.