Dois terços dos executivos da área das tecnologias da informação (TI) inquiridos num estudo da consultora Accenture acreditam que a mobilidade vai ter um impacto nos negócios igual ou superior ao que a Internet teve nos anos noventa.
O inquérito, feito a 240 executivos de 12 países, indica que 69% dos que responderam alocariam mais de um quinto do orçamento disponível para este ano para investimentos na área da mobilidade, com nítido contraste entre os 94% que deram essa resposta nos mercados emergentes e os 35% que se registaram nos mercados maduros, adianta a Accenture.
A consultora revela que quase metade (48%) dos inquiridos nos mercados emergentes disse ter uma estratégia amplamente desenvolvida para a mobilidade, quatro vezes mais do que nos mercados desenvolvidos (12%).
Dan Lauderback, responsável pela área de serviços móveis da Accenture, citado em comunicado, afirma que «a maioria dos CIO (Chief Information Oficcer) reconhece actualmente o potencial da mobilidade e isso reflectiu-se no investimento crescente das áreas de TI no segmento da mobilidade».
Observa que «a mobilidade não é uma simples extensão do actual legado dos sistemas informáticos, é uma forma completamente nova de fazer negócio».
Os principais entraves à implementação da mobilidade são a segurança (para 50%), os custos (43%) e a interoperabilidade com os actuais sistemas (26%).
Os executivos responsáveis pela área das TI consideram que a fragmentação entre diversas plataformas e sistemas operativos móveis é particularmente difícil de gerir e dificulta a capacidade de as empresas acolherem a forte tendência da mobilidade, porque os trabalhadores utilizam os seus terminais na empresa e querem utilizar neles aplicações corporativas
Por área geográfica, 93% dos inquiridos na América Latina e 81% na Ásia esperam que a mobilidade proporcione receitas novas e significativas às suas empresas, mas as percentagens descem para 66% na Europa e 56% nos Estados Unidos.
A Accentura realizou uma pesquisa online a 240 executivos de Ti na Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos e um inquérito online a 4 milhares de desenvolvedores de aplicações de mobilidade em África, Ásia/Pacífico, Europa e América do Norte