A plataforma Android, da Google, deve atingir um pico de quota de mercado em 2012, ano em que a produção de telemóveis deverá crescer apenas 4,0% face a 2011, prevê a consultora e analista de mercado IDC.
A IDC indica que o crescimento de vendas de telemóveis antecipado para este ano, em que deverão ser transaccionados 1,8 mil milhões de aparelhos, é o mais fraco desde 2009 e explica-se principalmente por uma quebra de 10% nas vendas de telefones tradicionais embora estes ainda vão representar 61,6% do mercado.
Pelo contrário, o mercado de smartphones deverá crescer 38,8% este ano, para 686 milhões de unidades, impulsionado pelos subsídios dos operadores a este tipo de terminais, pela redução dos preços médios daqueles aparelhos e pelo lançamento de planos tarifários de dados de baixo custo.
Para 2016, a IDC prevê vendas totais de 2,3 mil milhões de telemóveis, mas no caso dos smartphones o seu crescimento deverá ser liderado por um trio de sistemas operativos: o Android, da Google, o iOS, da Apple e o Windows Phone, da Microsoft.
Ramon Llamas, analista sénior da IDC, prevê que o Android mantenha a liderança do mercado até 2016, dinamizado pelas vendas da Samsung, mas a sua quota de mercado deverá reduzir-se de 61,0% este ano para 52,9% em 2016.
O iPhone deverá manter o seu impressionante percurso graças ao êxito do iPhone 4S na América do Norte, Europa Ocidental e Ásia/Pacífico, particularmente China, mas o crescimento deverá abrandar devido à forte base instalada já atingida pela Apple, indica a IDC. Precisa que o iOS deverá passar de um peso de 20,5% no mercado de smartphones em 2012 para 19,0% em 2016, apesar de manter um crescimento médio de vendas de quase 11%.
O Windows Phone, apesar de um arranque lento, deverá ganhar mercado beneficiando da associação com a Nokia e da força da marca finlandesa nos mercados emergentes. A IDC espera que o Windows Phone alcance o segundo lugar em 2016, com 19,2% do mercado, depois de 5,2% no ano em curso.
A consultora salienta que continuará a haver mercado para os smartphones BlackBerry, nomeadamente nos mercados emergentes, onde os consumidores procuram dispositivos confortáveis de usar. O BlackBerry deverá manter a sua quota de mercado em valores próximos dos 6%.
A morte do Symbian foi decretada quando a Nokia acordou com a Microsoft fazer do Windows Phone o sistema operativo do futuro para os seus smartphones, anúncio que precipitou um claro declínio daquele sistema operativo.