Os quatro maiores operadores móveis brasileiros arrecadaram as licenças nacionais de espectro radioeléctrico nas faixas dos 450 MegaHertz (MHz) e dos 2,5 GigaHertz (GHz), segundo dados publicados no sítio Internet da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações.
O operador Vivo, do grupo espanhol Telefonica, ganhou o leilão com uma oferta de 1 050 milhões de reais (404 milhões de euros), ficando em segundo lugar a Claro (grupo America Móvel), com 884,5 milhões de reais (324,6 milhões de euros), ambos concorrendo a lotes com um valor base de licitação de 630,19 milhões de reais (242,41 milhões de euros).
Os lotes nacionais com um valor base de licitação de 315,096 milhões de reais (121,2 milhões de euros) couberam à TIM Celular, com uma oferta de 340 milhões de reais (130,7 milhões de euros) e à TNL (Grupo Oi, participado pela Portugal Telecom), com uma oferta de 330,85 milhões de reais (127,18 milhões de euros).
A ANATEL indica que no total, incluindo os quatro lotes nacionais e outras frequências complementares (que não abrangem todo o território do Brasil), o leilão rendeu 2 930,49 milhões de reais (1 127,25 milhões de euros), bastante acima da soma das bases de licitação, que totalizavam 2 232,47 milhões de reais (858,7 milhões de euros).
Segundo a newsletter Mobile Business Briefing, no total a TNL (grupo Oi) comprou lotes por um valor total de 345 milhões de reais (133 milhões de euros).
A ANATEL indica que a faixa dos 450 MHz visa fazer chegar às áreas rurais serviços de banda larga móvel e a dos 2,5 GHz visa introduzir no Brasil as comunicações móveis de quarta geração (LTE – Long Term Evolution).
O presidente da ANATEL, João Rezende, citado em comunicado do regulador brasileiro, manifestou-se «satisfeito com o resultado da licitação» e observou que as faixas atribuídas «permitirão a implantação de infra-estrutura de ponta, que trará benefícios relevantes para a sociedade brasileira».
O leilão implicou para os licitantes garantirem coberturas mínimas do território com redes LTE e o fazer chegar serviços de banda larga móvel a zonas rurais.