A Google apresentou hoje no «Musée d’Orsay», em Paris, a expansão do seu projecto Google Art, que passa a apresentar online a partir de hoje obras de arte diversas de 151 museus em 40 países, incluindo o Museu Colecção Berardo, em Portugal.
O Museu Colecção Berardo, em Lisboa, está representado com 16 obras de arte de cinco artistas.
O Google Art Project, disponível em www.googleartproject.com, começou em 2011 com mil imagens de 17 museus de nove países, essencialmente pinturas de mestres do Ocidente.
A Google sublinha que diversificou as obras de arte incluídas e, além de pintura e escultura, o projecto inclui arte de rua ou fotografia, por exemplo, e alargou também horizontes do ponto de vista geográfico ou das instituições incluídas.
O Art Project deixou de ser só para o estudante da Índia que queria ver obras do Metropolitan Museum (Nova Iorque) mas permite também aos ocidentais visitarem online obras da National Gallery of Modern Artem Nova Delhi ou do Museu de Arte Islâmica do Qatar, indica a Google.
Mas o projecto passa a disponibilizar um conjunto de novas ferramentas, que permitem encontrar obras de arte por época, artista ou tipo de arte, que mostra, por exemplo, todas as obras de um artista em todos os museus incluídos e permite criar uma galeria personalizada com as obras preferidas de cada utilizador.
A Google assinala que, utilizando a tecnologia «street view», captou imagens a 360º do interior de museus seleccionados que permitem navegar por 385 salas de museus.
Acrescenta que tem já 46 obras de arte com uma tecnologia de super alta resolução que permite isolar e estudar detalhes da obra que são imperceptíveis a olho nu.
A Google destaca que o Art Project é uma parte do seu projecto de tornar a cultura acessível a largas camadas da população mundial, observando que sob os auspícios do Google Cultural Institute foram digitalizados os arquivos de importantes personagens, como Nelson Mandela, ou foram desenvolvidos modelos 3D de cidades francesas no século XVIII.
A Google doou no ano passado 1,25 milhões de dólares ao Centro de Memória Nelson Mandela, em Joanesburgo, para apoiar a preservação e digitalização de milhares de documentos, fotografias e vídeos sobre o primeiro chefe de Estado negro da África do Sul, que hoje estão disponíveis online.
O arquivo multimedia sobre Nelson Mandela inclui correspondência de Nelson Mandela para a família, amigos e outras pessoas, notas escritas pelo seu punho durante as negociações com o regime do apartheid para a transição do poder, diários escritos ao longo dos 27 anos de prisão, rascunhos de manuscritos, imagens da cela em que esteve na prisão de Ruben Island e outros documentos, precisa a multinacional.