Dúvidas sobre capacidade de previsão da Comissão Europeia

Publicado em 26/03/2012 00:37 em Destaques

A newsletter EurActiv afirma, citando o norte-americano Burt Lee, que faltam è Comissão Europeia (CE) modelos de previsão para calcular eficientemente o uso de fundos de investigação e desenvolvimento (I&D) e para predizer quantos empregos irão criar.

Convidado a falar na Comissão de indústria e investigação do Parlamento Europeu, o especialista norte-americano, ligado à Universidade de Stanford, pôs em dúvida a estimativa de criação de 3,75 milhões de empregos gerados pelo investimento em I&D.

Lee garantiu que faltam à União Europeia (UE) metodologias que são críticas para atrair o investimento em capital de risco e para prever o número de postos de trabalho que serão criados.

A Comissão Europeia estima que até 2020 serão criados 3,75 milhões de empregos que serão gerados por projectos de investigação no valor de 85 mil milhões de euros entre 2014 e 2020.

«O número de postos de trabalho associados aos projectos de investigação são gerados por modelos macroeconómicos e não é claro onde vão buscar os dados e em que é que eles se baseiam», crtiticou o especialista em empreendedorismo na Europa.

Lee, que é avaliador dos fundos da CE para projectos de investigação, afirmou que a previsão de criação de 3,75 milhões de empregos implicaria que a Europa fosse capaz de gerar nos próximos 12 anos duas vezes mais postos de trabalho do que os Estados Unidos conseguiram criar na sua explosão do negócio de aplicações de software, que garantiu meio milhão de novos empregos nos últimos quatro anos.

Lee questionou se uma análise correcta suporta os números da Comissão Europeia.

Um porta-voz da CE disse que os actuais modelos de previsão utilizados pela Comissão apenas visam criar estimativas orientadoras e são conduzidos por analistas independentes.

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