A HP dispõe de um conjunto impressoras de grande porte que imprimem em diversos tipos de materiais e a três dimensões, desenvolvidas no centro de investigação e desenvolvimento (I&D) de impressão e artes gráficas que a multinacional tem em Barcelona (Espanha).
As impressoras, já em fase de comercialização, foram apresentadas a jornalistas portugueses durante uma visita àquele centro, em que trabalham cerca de 3 mil pessoas, dos quais 1 440 em I&D e os restantes no centro de demonstrações, em marketing e em apoio ao negócio, segundo os responsáveis daquela unidade.
Cerca de um quinto dos trabalhadores não são espanhóis, encontrando-se portugueses entre as diversas nacionalidade representadas, e a grande maioria dos funcionários são licenciados, precisaram.
As máquinas apresentadas podem imprimir sobre materiais tão diversos como plásticos, azulejos, vidro, tecidos ou madeira, obviamente além do papel, e imprimir sobre objectos a três dimensões, como por exemplo uma porta trabalhada.
Os responsáveis daquele centro de inovação destacaram que a HP vende não só a máquina de impressão mas soluções chave na mão que incluem software.
Na apresentação, Rita Carvalho Directora de Marketing do Grupo de Impressão e Imagem (IPG, na sigla inglesa) da HP Portugal, destacou que o investimento em I&D do centro de Barcelona é de cerca de 50 milhões de dólares (38 milhões de euros) anuais.
Rita Carvalho recordou que 2011 foi o ano das impressoras ligadas à Web e indicou que há cerca de 15 milhões de impressoras Web no mundo, estimando que em 2012 a procura potencial destas impressoras será de 50 milhões de unidades. Indicou que em Portugal há 60 mil impressoras e.print.
Rita Carvalho salientou que a HP dispõe de aplicações para impressão disponíveis para telemóveis com os principais sistemas operativos, nomeadamente iOS (Apple), Android, Blackberry e Windows Phone, e aposta na configuração da impressão remota a partir de dispositivos móveis
José Correia, director-geral da área de IPG da HP Portugal, salientou que o grupo de imagem e impressão é o que tem maior número de patentes internacionais dentro da multinacional, com 14 700 patentes registadas, teve uma facturação de 27 mil milhões de dolares em 2011 (127 mil milhões de dólares de facturação total da HP) e representou 29% dos lucros da companhia.
Indicou que a área IPG representou em Portugal 26% da facturação da HP, acima da média internacional.
Citando dados da consultora e analista de mercado IDC, José Correia disse que a HP teve em 2011 uma quota de mercado de 51% dos 426 mil equipamentos de impressão vendidos em Portugal, ficando com mais do triplo do peso da segunda (a Epson, com 16%).
Acrescentou que a marca vendeu 1,6 milhões de impressoras nos últimos seis anos e que a base instalada de equipamentos de impressão da marca HP em Portugal excede o milhão e meio.
Relativamente às tendências do mercado de impressão e imagem, o director-geral da área de IPG em Portugal apontou para a mobilidade, uma vez que a produção de tablet PC e smartphones já ultrapassa a de computadores, a transição da impressão analógica nas grandes tipografias para o digital, um crescimento dos serviços de impressão quatro vezes superior ao das vendas de hardware e uma multiplicação por 10 das páginas a cores impressas digitalmente.
Previu que o mercado mundial de impressão valha 292 mil milhões de dólares (222 mil milhões de euros) no próximo ano.
Relativamente às empresas, José Correia adiantou que a HP aposta na optimização das infra estruturas de impressão e na sua gestão, com redução dos custos de operação e aumento da produtividade.
Indicou que um aspecto importante para a HP é a gestão da mudança nas empresas, através da sensibilização e formação dos trabalhadores, para aceitação das mudanças introduzidas na área da impressão, muitas vezes com redução significativa do número de equipamentos.
O objectivo enunciado na área empresarial é optimizar as infra-estruturas de impressão e adoptar soluções que permitam fazer mais em menos tempo e com menor custo, através de software adequado. José Correia destacou que o software «Exstream Interactive», da HP, permite gerir a informação para impressão, produzir alterações na base de dados da empresa de forma rápida e escolher o canal de envio mais adequado, que pode ser a impressão, o correio electrónico ou outro.
Merce Barcons, vice-presidente e directora-geral da área de IPG da HP na Península Ibérica, salientou que as artes gráficas representam 90% das páginas impresas no mundo e mais de 90% delas são ainda analógicas. Observou que a passagem do analógico para o digital nesta área dará às empresas novas formas de fazer negócio, reduzindo custos.