Há aplicações móveis para smartphones e tablets que recolhem dados pessoais sem autorização nem conhecimento dos utilizadores, em particular listas de contactos, e o escândalo chegou ao Congresso dos Estados Unidos, indicou o diário «New York Times».
O jornal indica que companhias que desenvolvem muitas das aplicações mais populares, nomeadamente para os dispositivos da Apple ou com plataforma Android, incluindo aplicações de redes sociais, frequentemente recolhem a informação dos contactos nos telefones e tablet PC e nalguns casos armazenam-nos nos seus servidores. A questão foi levantada por membros do Congresso dos Estados Unidos.
A Apple está particularmente em foco depois de os legisladores norte-americanos terem questionado a empresa, que aprova previamente as aplicações disponibilizadas nas suas lojas online, como pode aprovar aplicações que acedem ao livro de contactos dos terminais sem autorização dos seus proprietários.
Tom Neumeyr, porta-voz da Apple, fez uma declaração garantindo que as aplicações que acedam aos dados dos utilizadores ou os transmitam sem autorização dos proprietários dos dispositivos violam as normas da companhia, mas não explicou como foram aprovadas aplicações como Yelp, Gowalla, Hipster ou Foodspotting, segundo o artigo de Nicole Perltoth e Nick Bilton.
Segundo a Newsletter «Mobile Business Briefing», a Apple afirma que vai exigir que as aplicações para iPhone peçam aprovação explícita dos utilizadores previamente à recolha de quaisquer dados dos terminais móveis.
Indica que aplicações para dispositivos móveis do Facebook, Foodspotting, Foursquare, Gowalla, Twiter, Instagram e Yelp estão entre as que fazem a importação dos livros de endereços e contactos telefónicos, para detectar as relações entre os utilizadores.
A rede social Twitter terá admitido que guarda esses dados durante um ano e meio quando um subscritor usa a função procurar amigos a partir de um terminal iOS (da Apple) ou com a plataforma Android, segundo a mesma fonte.
Embora algumas companhias neguem que armazenam os dados recolhidos, o seu simples download torna-os susceptíveis de ser interceptados, tanto mais que muitas vezes a sua transmissão não é encriptada.