Facebook avança para entrada em bolsa

Publicado em 03/02/2012 00:04 em Destaques

Os responsáveis do Facebook entregaram o dossier para entrada da empresa detentora da rede social em bolsa e a prevista oferta pública de venda deverá render cerca de 5 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de dólares).

A SEC – Securities and Exchange Commission, a CMVM dos Estados Unidos, deverá agora analisar o processo e decidir sobre a admissão da empresa no mercado de valores norte-americano.

Conforme os analistas, a rede social Facebook, fundada por Mark Zuckerberg e que dentro de dias completa oito anos, poderá ser valorizada entre os 50 mil milhões e os 100 mil milhões de dólares (38 mil milhões a 76 mil milhões de euros).

A rede social tem mais de 3 mil trabalhadores, ultrapassa os 840 milhões de utilizadores activos (aumento de 39% no ano passado) e estima-se que em 2011 tenha atingido receitas de 3,71 mil milhões de dólares (2,82 mil milhões de euros), 85% das quais provenientes de publicidade, e um lucro de 668 milhões de dólares (507 milhões de euros).

O Facebook identificou a aposta nos utilizadores móveis como essencial para o crescimento da sua base de utilizadores, embora na apresentação da sua candidatura à bolsa a empresa reconheça que ainda não obtém proveitos significativos com os seus serviços móveis.

Actualmente o Facebook tem cerca de 425 milhões de utilizadores activos dos seus serviços móveis.

A professora do MIT Sloan School of Management Catherine Tucker diz que o Google ainda está a começar a conhecer o «potencial inexplorado» da publicidade na rede social, mas alerta para que há um nível de intrusão que nenhum anunciante deve cruzar e que se o Facebook se aproveitar dos amigos demasiado abertamente «ultrapassa a linha» do aceitável.

Por isso, Tucker aconselha o Facebook a ter cuidado na forma como utiliza a poderosa informação de que dispõe.

A empresa de segurança Sophos recorda que os utilizadores do Facebook têm sido alvo de muitos ataques de malware e isso preocupa a gestão da rede social pelo impacto que pode ter no seu negócio.

A Sophos afirma que enquanto empresa não cotada o Facebook não tinha muitas das obrigações que terá após a sua entrada em bolsa, porque passa a ter de alertar continuamente o público sobre tudo o que possa afectar a sua rentabilidade.

Acrescenta que a boa notícia é que a pressão adicional aobre o Facebook após a entrada em bolsa tenderá a aumentar a preocupação com a segurança e a salvaguarda da privacidade e os utilizadores beneficiarão do escrutínio de uma companhia que tem impacto sobre um grande número de pessoas.

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