O presidente executivo da Vodafone Portugal, António Coimbra, anunciou hoje que o serviço móvel de quarta geração está pronto a ser lançado em 13 cidades portuguesas logo que a ANACOM – Autoridade Nacional das Comunicações fizer o licenciamento.
Adiantou que o serviço móvel de quarta geração da Vodafone está pronto a arrancar comercialmente em Braga, Porto, Aveiro, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Faro, Funchal e Ponta Delgada, com base no espectro de 2600 megaHertz (Mhz), dado que o espectro de 800 ainda está a suportar a televisão analógica.
Em conferência de imprensa em que a parte inicial da apresentação foi filmada em directo do exterior e vista em sala com utilização de comunicações LTE, António Coimbra precisou que a Vodafone deve receber a licença até 9 de Fevereiro, quando termina o prazo de 20 dias uteis após ter efectuado o pagamento, nos termos do leilão de atribuição de frequências.
Coimbra observou que a tecnologia de quarta geração móvel LTE - Long Term Evolution tem um enorme potencial para o desenvolvimento de novos serviços e uma melhor experiêdncia de utilização, permitindo nesta fase alcançar velocidades de download até 150 megabits por segundo (Mbps), ainda que comercialmente o máximo seja de 100 Mbps.
O CEO da Vodafone Portugal indicou que o LTE poderá permitir no futuro velocidades de download da ordem de 1 gigabit por segundo (Gbps).
Para além da maior velocidade, o LTE vai facilitar a interactividade porque tem um tempo de resposta (latência) inferior a 20 milésimos de segundo, quatro vezes melhor do que o disponível nas redes de terceira geração, o que é particularmente importante para jogos online, serviços de vídeo em tempo real ou televisão móvel em HD, indicou.
António Coimbra previu que o próximo «grande salto» serão novos serviços como a monitorização remota, salas de aula virtuais que permitem a interacção professor/alunos em tempo real sem presença física, carros multimedia ou telemedicina móvel.
O CEO da Vodafone Portugal disse que o LTE será uma ferramenta para o aumento da produtividade e competitividade das empresas, com menores custos em deslocações, e uma alternativa às ligações de banda larga fixa, que permite banda larga em locais onde não está disponível rede fixa.
António Coimbra destacou que o espectro radioeléctrico que a Vodafone adquiriu em leilão confere ao operador uma vantagem competitiva. A Vodafone comprou espectro no montante de 146 milhões de euros, que incluiu espectro para 3G, enquanto TMN e Optimus adquiriram 113 milhões de euros.
Precisou que a opção da Vodafone se insere numa visão de que vai haver ainda uma grande complementaridade entre as terceira e a quarta gerações nos próximo anos e o conceito da Vodafone é de que onde fornece voz móvel deve fornecer também dados móveis, nomeadamente dentro dos edifícios.
Relativamente ao 4G/LTE, António Coimbra explicou que a frequência de 2600 MHz permite maior velocidade (até 150 Mbps de download no arranque), mas tem uma menor cobertura, a de 1800 MHz optimiza a capacidade da rede 4G em zonas urbanas e a de 800 MHz permite uma cobertura geográfica mais alargada e melhor qualidade dentro dos edifícios, mas tem débitos até 75 Mbps no arranque.
A utilização desta última frequência só se tornará possível no segundo trimestre, depois de a TDT substituir (certamente para a maior parte da população mas não para a totalidade) a televisão analógica.
António Coimbra assinalou que a quarta geração móvel começará por «pen» de banda larga 4G, cujo preço descerá 40 euros, para cerca de 160 euros, e os primeiros telefones 4G só chegarão mais tarde, ainda que a Vodafone preveja poder dispor de um ou dois modelos até ao fim do primeiro trimestre..
Sublinhou que, como tem acontecido com outras tecnologias novas, os equipamentos deverão ser topo de gama e ter preços elevados, o que leva a uma previsão de um número limitado de clientes nos primeiros meses.
António Coimbra, anunciou uma redução do número de tarifários de banda larga 3G de seis para quatro, com preços mais competitivos, e a introdução de dois tarifários 4G, o mais baixo dos quais ficará ligeiramente mais barato do que o anterior tarifário de terceira geração mais caro.