O jornal «New York Times», na sua edição online, anunciou que agência federal norte-americana «United States International Trade Comission» considerou que um conjunto de funcionalidades normalmente encontradas em smartphones está protegido por patentes da Apple.
O diário nova-iorquino salienta que esta decisão poderá forçar a Google a mudar a forma como os telefones com a plataforma Android funcionam.
O jornal classifica a decisão daquela Comissão como uma das mais significativas na crescente guerra de patentes em todo o mundo entre quase todos os maiores fabricantes de software e equipamentos de comunicações móveis.
Uma das principais razões apontadas para a compra da Motorola Mobility pela Google (actualmente suspensa pela Comissão Europeia) era a aquisição da vasta carteira de patentes detida pela Motorola.
Entre as tecnologias consideradas propriedade intelectual da Apple contam-se várias funcionalidades «touch screen».
A fabricante chinesa da Formosa HTC, um dos principais fabricantes de smartphones com o sistema operativo Android, já reagiu à decisão conhecida segunda-feira à noite com uma declaração em que garante que vai modificar a forma como os utilizadores trabalham com as funcionalidades abrangidas por aquela decisão norte-americana.
à partir de 19 de Abril a HTC não poderá vender nos Estados Unidos terminais que utilizem as funcionalidades decorrentes das patentes agora reconhecidas como propriedade da Apple, sem licença da marca da maçã.
Para entrar em vigor, a decisão ainda terá de ser subscrita pelo representante do presidente Barack Obama para o Comércio mas é muito raro que a decisão da Comissão de seis membros não seja ratificada.
A Google, criadora da plataforma Android, que actualmente equipa mais de metade dos smartphones vendidos em todo o mundo, e fabricantes que usam aquele sistema operativo, são alvo de processos judiciais da Apple, tal como da Microsoft, por violação de tecnologias patenteadas.
O falecido fundador da Apple, Steve Jobs, disse ao seu biógrafo que a Google copiou de forma pouco honesta muitas das inovações do iPhone e afirmou que iria «destruir o Android porque é um produto roubado», segundo o «New York Times».