Gartner revê em baixa previsão de vendas de PC

Publicado em 23/11/2011 00:50 em Destaques

A consultora e analista de mercado Gartner anunciou a revisão em baixa as suas expectativas de evolução das vendas de computadores pessoais em 2011 e 2012.

Em comunicado, a Gartner indica que espera um aumento mundial de vendas de PC de 10,5% em 2011, para 387,8 milhões de unidades, face a uma previsão anterior de acréscimo de 15,9%.

A consultora prevê para 2012 vendas de 440,6 milhões de PC, uma progressão de 13,6%, abaixo da anteriormente esperada subida de 14,8%.

Estes resultados reflectem uma marcada redução nas expectativas de curto prazo, devido a uma procura mais fraca no consumo, em parte devido a um esperado enfraquecimento no curto prazo da procura de portáteis na China, mas também por uma redução geral do interesse dos consumidores pelos portáteis, indica Ranjit Atwal, director da Gartner.

A Gartner recorda que a procura de portáteis pelos consumidores foi o principal factor do dinamismo do mercado de PC nos últimos cinco anos, mas a multiplicação de dispositivos móveis com acesso à Internet permitiu que seja possível estar online em qualquer lugar sem necessidade de um portátil.

«Esperamos que o crescente entusiasmo dos consumidores por alternativas aos portáteis, como o iPad ou outros media tablet PC, faça abrandar fortemente as vendas de portáteis no consumo, especialmente em mercados maduros», afirma George Shiffler, director da Gartner.

Shiffler espera, no entanto, que a procura de portáteis no consumo continue a dinamizar as vendas de PC, ainda que o ciclo de vida dos portáteis se alongue à medida que mais consumidores adoptem os media tablet e outras alternativas como os seus principais dispositivos móveis.

A Gartner espera crescimentos a um dígito entre 2011 e 2015 nas vendas de portáteis nos mercados maduros.

Prevê que a procura de computadores pelas empresas cresça a dois dígitos em 2011 e 2012 devido à substituição de computadores antigos por modelos modernos em todo o mundo.

A Gartner recorda que até recentemente a posse de computadores portáteis era um sinal de «status», mas esse estatuto transferiu-se entretanto para os media tablet e para os smartphones topo de gama.

Ainda sem comentários