Mercado de TI da Europa Ocidental deve cair em 2012

Publicado em 16/11/2011 00:18 em Destaques

O mercado de tecnologias da informação (TI) poderá cair mais de 3% em 2012, enquanto na região Ásia/Pacífico deverá aumentar acima dos 10% e ter crescimentos expressivos na América Latina e Europa de Leste, indicou hoje Gabriel Coimbra, director da IDC.

Falando no Fórum TI, organizado pela Tech Data, Gabriel Coimbra assinalou que, depois da recuperação das TI verificada em 2010, deverá verificar-se um abrandamento deste mercado e só os serviços aceleram.

Coimbra estimou que entre 2007 e 2015 o mercado de serviços de telecomunicações cresçam a uma média anual de 3,7%, apesar de uma queda de 3,3% na voz fixa, sustentado por crescimentos de 15,6% no tráfego móvel de dados, de 5,7% nos dados sobre rede fixa e por um acréscimo de 3,2% na voz móvel.

O director da IDC apresentou os resultados de dois inquéritos realizados em Portugal, um a directores gerais e de marketing de 181 empresas fornecedoras de TI e outro a directores se TIC (tecnologias da informação e comunicação) de 224 médias e grandes empresas e organizações consumidoras de tecnologias, realizados em Setembro/Outubro.

Gabriel Coimbra indicou que mais de 70% das empresas fornecedoras de TI e cerca de três quartos das consumidoras estão pouco ou nada confiantes quanto às perspectivas da economia portuguesa nos próximos 12 meses.

Por isso, não é de admirar que entre os fornecedores de TI cerca de 45% espere uma redução da procura dos seus produtos/serviços e quase 35% uma estabilização e que mais de metade das organizações compradoras inquiridas prevejam uma diminuição da procura que lhes é dirigida e 35% uma estabilização.

Nem que os utilizadores de tecnologia esperem em quase 60% dos casos diminuir o orçamento destinado à compra de TIC.

As áreas tecnológicas em que mais empresas esperam aumentar os respectivos orçamentos são o armazenamento (25%), integração de sistemas (mais de 20%) e aplicações de negócio e desenvolvimento de aplicações, em ambos os casos acima dos 15%

Os fornecedores de TI baseiam a sua estratégia de crescimento principalmente na expansão para novos mercados (internacionalização), seguindo-se a apresentação de novos produtos/serviços, enquanto para os que compram tecnologia a prioridade vai para a aposta em novos produtos/serviços, seguindo-se a tentativa de fazer crescer a quota de mercado.

Mais de metade dos fornecedores de TI esperam manter o nível de emprego nos próximos 12 meses e os que prevêem aumentar e diminuir são aproximadamente equivalentes.

Já para os compradores de TI inquiridos pela IDC, metade prevê a manutenção do emprego mas os admitem «diminuir a força de trabalho excede os 40% e são menos de 10% os que prevêem aumentá-la.

Atrair e reter os clientes é a principal prioridade de negócio dos fornecedores de tecnologia, seguindo-se as melhorias de eficiência e de desempenho, enquanto do lado das organizações clientes a prioridade vai para a melhoria da eficiência e para a redução de custos.

As empresas clientes de tecnologia prevêem, também aumentar o período de utilização dos seus activos de TI (cerca de 20%), 15% quer utilizar a tecnologia para reduzir custos noutras áreas e mais de 20% querem reduzir a despesa em TI ou adiar novos projectos nesta área.

Gabriel Coimbra assinalou que, depois do período de grande expansão nas vendas de computadores [no final do século XX], actualmente o crescimento na área das TI deverá centrar-se na mobilidade, no «cloud computing» (computação na nuvem) e no «social business».

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