A Comissão Europeia (CE) anunciou a disponibilização de 50 mil milhões de euros para financiar investimentos na melhoria das redes europeias de transporte, energia e tecnologia digital.
Em comunicado, a CE indica que o plano prevê 9,2 mil milhões de euros para apoiar o investimento em redes de banda larga muito rápida e serviços digitais pan europeus, que deverão ser complementados por outros fundos públicos.
A Comissão estima que este projecto poderá induzir investimentos de cerca de 50 mil milhões de euros em banda larga e serviços digitais.
A Agenda Digital da União Europeia estabelece como objectivos para 2020 a generalização na UE da banda larga com uma velocidade mínima de 30 megabits por segundo (Mbps) e que pelo menos metade das famílias da UE beneficiem de ligações com velocidades não inferiores a 100 Mbps.
A CE adoptou também uma recomendação aos Estados membros para que conjuguem esforços e associem o sector privado à digitalização de material cultural.
A Comissão defende que a digitalização do património cultural da UE incentiva o crescimento económico e considera-a «um elemento essencial para tornar o património cultural europeu mais largamente acessível e para incentivar o crescimento das indústrias criativas na Europa».
A CE aponta o objectivo de até 2015 aumentar o número de objectos culturais disponíveis digitalmente de 19 milhões para 30 milhões. Neste contexto, a Comissão fixa metas concretas por Estado membro com mínimos de conteúdos culturais a estarem digitalizados até 2015, no âmbito daquele objectivo.
No caso de Portugal, esse objectivo é de 528 mil, muito abaixo de países como a Alemanha (quase 5,5 milhões), França (4,31 milhões), Reino Unido (3,94 milhões), Itália (3,7 milhões) ou Espanha (2,68 milhões).
Mas têm metas muito mais ambiciosas do que a definida para Portugal países com menor dimensão como a Holanda (1,57 milhões), Irlanda (1,24 milhões) ou Finlândia (mais de 1 milhão).